Morta pelas mãos do então namorado após uma suposta briga por ciúmes, ontem (17) longe cerca de 70 quilômetros de Campo Grande, uma mulher de 41 anos, identificada como Ivone Barbosa da Costa, aparece como a oitava vítima de feminicídio em Mato Grosso do Sul.
Conforme a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, esse feminicídio foi registrado no assentamento da zona rural de Sidrolândia batizado de Nazareth.
Os policiais civis se juntaram aos agentes militares e Perícia Técnica, em trabalho na cena do crime durante toda a madrugada até o nascer do sol, uma vez que após o feminicídio com objeto "perfurocortante" o acusado fugiu do local.
A polícia aponta, com base nos relatos colhidos até o momento, que a mulher de 41 anos era moradora de Campo Grande, mas estava no assentamento citado para visitar uma de suas comadres.
A vítima fatal não estava desacompanhada, indo ao município vizinho junto de seu neto, de apenas cinco anos, além da presença do acusado pelo crime, que foi identificado até o momento apenas como "Bill".
Morte em assentamento
Na residência da comadre, uma discussão teria começado entre os dois após o consumo de bebida alcoólica, motivada segundo apurações preliminares por ciúmes.
Em escalada, o homem teria se munido de um "instrumento perfuro cortante", segundo a Polícia Civil em nota, e a discussão acabou resultando em agressão.
Enquanto o conflito se desenrolava, dois filhos da dona da casa sofreram ferimentos leves ao tentarem impedir que as agressões evoluíssem.
Com o objeto em mãos, Bill teria atingido diretamente a região da nuca de Ivone, o que fez com que a mulher de 41 anos morresse no local das agressões.
Bill fugiu antes que a polícia e demais agentes chegassem ao local, com diligências em andamento nesta sexta-feira (18) na Santa em busca da identificação e posterior prisão do acusado.
Feminicídios em MS
Em 2025, antes dessa morte no assentamento em Sidrolândia, outras sete mulheres já haviam sido vítimas de feminicídio no Mato Grosso do Sul, como confirmado pelo painel estatístico da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).
Pela ordem cronológica, o primeiro caso de 2025 foi a morte de Karina Corin, de 29 anos, nos primeiros dias de fevereiro, baleada na cabeça pelo ex-companheiro, Renan Dantas Valenzuela, de 31 anos.
Já o segundo feminicídio deste ano no Estado foi a morte de Vanessa Ricarte, esfaqueada aos 42 anos, por Caio Nascimento, criminoso com passagens por roubo, tentativa de suicídio, ameaça, além de outros casos de violência doméstica contra a mãe, irmã e outras namoradas.
Após denúncia do Ministério Público de Mato Grosso do Sul em quatro crimes, em caso de condenação e penas máximas aplicadas, o assassino de Vanessa pode pegar mais de 86 anos de cadeia, como abordado pelo Correio do Estado.
Os outros feminicídios de 2025 vitimaram:
- Juliana Domingues, 28 anos | morta com golpes de foice em 18 de fevereiro
- Mirieli Santos, 26 anos | assassinada a tiros em 22 de fevereiro
- Emiliana Mendes, 65 anos | morta por esganamento em 23 de fevereiro
O sétimo caso de feminicídio registrado em 2025 foi o de Giseli Cristina Oliskowiski, morta aos 40 anos, encontrada carbonizada em um poço no bairro Aero Rancho, em Campo Grande.
Leo Ribeiro - www.correiodoestado.com.br