Nos três primeiros meses do ano de 2025, Mato Grosso do Sul já registrou um aumento gigante de apreensões de drogas, se comparado com o mesmo período do ano passado, 2024.

Os registros mais que dobraram no primeiro trimestre de 2025 no Estado.

Segundo dados da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), o aumento expressivo de 151% nas apreensões se deve a vários fatores.

Entre eles interação com forças de segurança de outros estados e estudo das estratégias do tráfico internacional de drogas. Além de esforço contínuo das tropas com a intensificação de operações até pelo ar. 

Desde o início do ano, apreenderam 116,3 toneladas de entorpecentes, contra 46,2 toneladas no ano passado. 

Assim, a maconha foi a droga de maior volume, com 114,7 toneladas apreendidas entre janeiro e março.

Já a cocaína, foram 2,2 toneladas, enquanto a pasta base de cocaína é a terceira mais apreendida, com 1,9 tonelada.

Apreensões no interior

No interior do Estado, o crescimento chegou a 164% com 105,8 toneladas. Enquanto na Capital, o aumento foi de 68%, com 10,4 toneladas.

Investimentos em tecnologia para equipar as forças de segurança com novas viaturas e aeronaves, segundo o Secretárioestadual de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira, têm sido essenciais para o aumento das apreensões.

“O incremento de 70 novas viaturas para Campo Grande e o aumento das operações policiais e do policiamento aéreo na região sul do Estado contribuíram significativamente para o aumento das apreensões”, diz Videira.

Assim, segundo ele, houve ainda aumento das operações, em especial na faixa de fronteira com o Paraguai e com a Bolívia.

“Este ano levaremos essas operações também para as regiões leste e norte de Mato Grosso do Sul, visando o combate a todos os tipos de crimes, em especial ao tráfico de drogas”.

(Divulgação Sejusp)

Conforme a Sejusp, essa interação com outras forças estaduais de segurança e a observação da rotina dos traficantes permitiu que fosse percebida uma mudança importante na estratégia do narcotráfico, como, por exemplo, as plantações de maconha, antes por safra, agora são feitas o ano inteiro no Paraguai e na Bolívia, aumentando a oferta da droga que é transportada para o Brasil.

Comandante do Batalhão de Polícia Militar Rodoviária, major Vinicius de Souza Almeida afirma que a Operação Protetor da Fronteira tem tido impacto positivo para a segurança pública sul-mato-grossense.

Portanto, a operação é uma ação do Ministério da Justiça que permite o aumento no efetivo policial estadual e o reforço dessas equipes de combate ao tráfico.

O delegado titular da Denar (Delegacia Especializada na Repressão ao Narcotráfico), Hoffman D’Ávila disse ainda que o combate a esse crime reduz também outros crimes patrimoniais, que frequentemente estão associados.

Mirian Machado / Jornal Midiamax