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Letalidade policial põe Mato Grosso do Sul no mapa do aumento da violência

MS foi um dos seis estados brasileiros que apresentaram crescimento nos números de Mortes Violentas Intencionais (MVI), mas o grande responsável foi a variação de 160% na letalidade policial

Publicada em 18/07/2024 às 16:19h

por Redação


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Letalidade policial põe Mato Grosso do Sul no mapa do aumento da violência
Letalidade Policial apresentou variação de 160% de 2022 para 2023  (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Mato Grosso do Sul é um dos seis estados que apresentou aumento no número de Mortes Violentas Intencionais (MVI), partindo de 568 óbitos em 2022 para 603 no ano passado, uma variação de 6,2%, a terceira maior variação do país.

Porém, esse crescimento tem um responsável principal: a letalidade policial.

Dessas 603 mortes em 2023, 133 foram causadas por intervenção policial, o que representa cerca de 22,1% do total, além de um crescimento de 160,8% de um ano para outro (55 mortes por letalidade policial em 2022), a maior variação dentre as unidades federativas, bem a frente de Mato Grosso, a segunda maior variação, com 104,6%.

Aprofundando estes números, as mortes decorrentes de intervenção de Policiais Civis em serviço foi de 18 em 2022 para 33 em 2023.

Já acerca das decorrentes por Policiais Militares saltou significativamente de 33 para 100 (duas fora de serviço) em apenas um ano.

Ainda,MS é um dos seis estados em que nenhum policial (sem diferenciação de militar ou civil) morreu em confronto.

Estes dados apresentam uma diferença do divulgado pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), já que o órgão não considera as realizadas fora de serviço, portanto, a entidade apresentou 131 mortes por letalidade policial. 

Dentre as mortes por intervenção policial em âmbito nacional, 99,3% são do sexo masculino e 0,7% do sexo feminino. Sobre raça e etnias das vítimas, 82,7% eram negras, 17% brancas, 0,2% indígenas e 0,1% amarelos. 

Enquanto ao local da ocorrência, 63,6% em vias públicas, 19,5% em residência, 2,9% em hospitais, 2,5% em áreas rurais, sítios e fazendas e 2,3% em estabelecimento comercial.

Além disso, jovens de 18 a 24 anos seguem sendo as maiores vítimas de policiais, representando cerca de 41,5% das mortes nacionais, seguidos por 23,5% de 25 a 29 anos e 12,4% de 30 a 34 anos.

Ademais, o dado acerca dos homicídios dolosos caiu 10% (498 para 448).

Latrocínio também houve queda, desta vez de 53,8% (de 13 para 6) e lesão corporal seguida de morte foi a única, além da intervenção policial, com aumento, e foi de 166,7% (6 para 16).

Todos esses números juntos fazem do Mato Grosso do Sul o terceiro maior aumento no MVI, atrás apenas de Mato Grosso (8,1%) e Amapá (39,8%).

Além disso, depois de dois anos, o estado voltou a registrar mais de 600 casos de MVI, já que em 2021 e 2022 apresentou 511 e 568, respectivamente.

Desde 2011, os dados de 2023 foi o quinto pior ano no quesito para o Mato Grosso do Sul, atrás de 2014, com 648, 2016, com 622, 2012, com 614 e 2020, com 607.

De todas as Mortes Violentas Intencionais no país (46.328 óbitos), 73,6% foram utilizadas armas de fogo para cometer o crime, 16,3% arma branca, 3,5%  agressão (violência física, asfixia, estrangulamento, espancamento, etc), 1,8% objeto contundente e 4,7% outros.

Felipe Machado/CorreioDoEstado










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