Em meio ao ocorrido das 39 mortes em confronto policial, na Baixada Santista, litoral do estado de São Paulo, Mato Grosso do Sul registra queda de 40% na letalidade policial no primeiro bimestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado.
Nos dois primeiros meses deste ano, foram registradas 15 mortes por confronto com agentes do estado em MS, enquanto, em janeiro e fevereiro de 2023, foram registradas 25 mortes.
Se comparar os dados de janeiro e fevereiro de 2024 com os dois últimos meses de 2023, vê-se uma queda mais significativa ainda, de 53%, período em que houve 36 mortes.
Os dados são do mapa de estatísticas com informações do Sistema Integrado de Gestão Operacional (Sigo), divulgados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).
Vê-se, na série histórica de dados da Sejusp, que 2023 foi o ano com o maior registro de letalidade policial no Estado, chegando a 131 mortes. Confira os dados de cada ano abaixo:
Reprodução/Sejusp
A queda da letalidade policial chama atenção, principalmente em meio ao caso da Baixada Santista, em que chega a 39 o número de pessoas mortas por policiais militares.
As mortes ocorreram em supostos confrontos com a polícia desde o dia 2 de fevereiro, quando o policial militar Samuel Wesley Cosmo foi morto em Santos, durante patrulhamento.
Na ocasião, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que as polícias Civil e Militar se mobilizaram para localizar e prender os envolvidos no crime.
Nos primeiros dois meses do ano, a Baixada Santista somou 52 mortes em decorrência de intervenção policial, apontam os dados de um levantamento do Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp), do Ministério Público de São Paulo (MPSP). No mesmo período do ano passado, foram dez mortes.
Em nota a SSP informou estar investigando. “Todos os casos de mortes em confronto são rigorosamente investigados pela Polícia Civil e Militar, com acompanhamento do Ministério Público e Poder Judiciário”.
*Com informações de Agência Brasil.
Valesca Consolaro/CorreioDoEstado