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Operação da polícia paraguaia próximo a Mundo Novo resulta em 9 mortos

Além dos mortos, polícia paraguaia também prendeu 9 integrantes daquela que seria a mais sangrenta da região. O número 2 do bando, que é brasileiro, está entre os presos

Publicada em 19/12/2023 às 14:46h

por Redação


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Operação da polícia paraguaia próximo a Mundo Novo resulta em 9 mortos
Uma metralhadora ponto 50 está entre as armas apreendidas na região de Salto Del Guairá, na região de Munto Novo  (Foto: Reprodução)

Pelo menos nove pessoas morreram e outras nove foram presas em uma operação da polícia paraguaia contra uma quadrilha de traficantes de drogas na regiãoSalto Del Guairá, cidade que fica próximo a Mundo Novo, no extremo sul de Mato Grosso do Sul. 

Conforme informações do jornal paraguaio ABC Color,  agentes da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) e do Ministério Público, com apoio da Força-Tarefa Conjunta (FTC), fizeram uma ofensiva na madrugada desta terça-feira contra uma quadrilha comandada por Santiago Acosta Riveros, mais conhecico “Macho”. 

Mas, conforme admitiu a polícia, ele conseguiu escapar do cerco feito por terra e pelo ar. Porém, conforme um dos comandantes da Senad, Jalid Rachid, entre os nove presos está o brasileiro Ricardo Luiz Pascolotto Pedroso, conhecido como R7 e apontado como o “braço direito” de “Macho”. Ele era o segundo principal alvo da operação. 

O brasileiro foi preso em uma casa de alto padrão em Salto Del Guairá na qual foram recolhidas dezenas de armas e milhares de munições, conforme mostram imagens divulgadas pela Senad. Na casa também havia coletes à prova de balas e capacetes normalmente utilizados pelo militares em regiões de guerra. 

Ainda segundo a Senad,  os integrantes desta quadrilha costumavam desfilar em carros de luxo e fortemente armados por Salto Del Guairá, cidade na fronteira que tem pelo menos uma dezena de shoppings e que recebe diariamente milhares de turistas brasileiros, principalmente do Paraná. 

“Santiago Acosta tem um perfil ostentador. Gosta de ostentar veículos de alto padrão e se exibir com suas armas, com coletes, granadas e balaclavas. Fizeram o que quiseram no Departamento de Canindeyu”, declarou o chefe da Senad. 

Conforme admitiu o próprio comandante da Senad, a quadrilha possivelmente tinha em sua folha de pagamento uma série de policiais corruptos e por isso conseguiu dominar a região ao longo de vários anos. 

De acordo com as informações iniciais, as forças de segurança teriam sido recebidas a tiros no rancho que servia como uma das bases do grupo, mas nenhum policial sofreu ferimentos. 

Além de cerca de duas dezenas de fuzis e escopetas, pistolas e revólveres, os policiais apreenderam uma metralhadora ponto 50, arma capaz de perfurar até blindados e derrubar aviões e helicópteros. E, segundo a Senad, os seguranças de “Macho” normalmente o acompanhavam com esta arma, tanto para protegê-lo quanto para intimidar possíveis rivais ou policiais. 

 O brasileiro Ricardo Luiz Pascolotto Pedroso foi preso em uma casa luxuosa em Salto Del Guairá

QUEM É O CHEFÃO

Até 2005, segundo o jornal ABC Color,  “Macho” era peão de uma propriedade rural de um produtor de origem japonesa no Departamento de Alto Paraná. Porém, naquele ano assinou o produtor, enterrou o corpo na própria fazenda depois que ele descobriu o furto de dezenas de cabeças de gado. Após 70 dias de buscas o corpo foi localizado e o assassino foi preso. 

Ele chegou a ser condenado a 25 anos de prisão pelo crime, mas depois do sexto ano fingiu que estava doente e escapou das mãos da polícia ao ser levado para atendimento médico. 

Em 2016 voltou a ser preso em Salto Del Guairá, na fronteira com Mundo Novo, mas um ano depois fugiu novamente. E, segundo a Senad, nos últimos cinco anos se tornou o traficante mais poderoso do Paraguai, ao monopolizar as plantações de maconha e as pistas de pouso clandestinas em toda a região de fronteira. 

Francisco Ayala, porta-voz da Senad, afirmou que se trata da quadrilha mais sangrenta do Paraguai, responsável por uma série de assassinatos de integrantes de bandos rivais e até de policiais. Ele fazia negócios com quadrilhas bolivianas, colombianas, peruanas e até mexicanas, segundo Francisco. 

“Essas pessoas achavam que eram donas do Departamento. Por exemplo, uma carga de drogas era guardada por um comboio com 30 pessoas fortemente armadas e as forças de segunraça locais não tinham a menor condição de enfrentrar a quadrilha", explicou Francisco ao explicar que o grupo havia adotado o modo de agir dos traficantes mexicanos.

Neri Kaspary/CorreioDoEstado










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