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Polícia ainda na estaca zero da investigação da chacina com quatro mortes em MS

Vítimas tinham entre 16 e 20 anos de idade; elas foram fuziladas assim que desceram do carro, em bairro de Ponta Porã

Publicada em 08/10/2023 às 23:50h

por Redação


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Local da chacina, em bairro de Ponta Porã  (Foto: Divulgação)

Ao menos até por volta das 17h deste domingo (8), investigadores da chacina que provocou a morte de quatro rapazes, ocorrida na madrugada de sábado, em bairro de Ponta Porã, cidade de Mato Grosso do Sul, situada na faixa de fronteira com o Paraguai, distante 313 de Campo Grande, ainda não tinham pistas dos criminosos.

Possibilidade real, segundo a própria polícia, é a de que os matadores possam ter escapados para o território vizinho, já que as duas cidades se dividem por apenas uma rua. Por lá, atravessar a fronteira, é como um morador daqui sair de um bairro e seguir até outro. 

Pelo apurado até agora, as vítimas foram executadas assim que estacionaram o carro, um Ônix, na garagem de uma casa que haviam alugado semanas atrás, no residencial Ponta Porã. O crime ocorreram por vonta das 4h da madrugada de sábado.

Para os investigadores do caso, os pistoleiros podem ter armado uma tocaia para matar os rapazes. Não houve tiroteio, embora na casa e carro das vítimas acharam armas. 

Ainda no sábado, os mortos foram identificados como Xilon Henrique Vieira da Silva, de 20 anos de idade, Luan Vinícius Cândia da Silva, 17, Jonas Wesley Morais Deterfam, 18 e Gabriel dos Santos Peralta, 16. 

Dois dos rapazes foram mortos do lado do carro, outro, na porta da sala e o quarti, já na parte dos fundos do imóvel. Ao menos em território sul-mato-grossense, não consta que os dois maiores de idade respondam processos judiciais ou inquéritos policiais. Dois dos mortos seriam moradores do interior de São Paulo.

Conforme apurou a polícia, projéteis achados no local indicam que os criminosos estavam armados com pistolas e fuzis. Os tiros teriam sido disparados a curta distância e atingiram, principalmente, as cabeças dos rapazes. 

Vizinhos das vítimas chamaram o socorro, mas as vítimas ali morreram assun que baleadas. O carro ainda estava ligado.

INVESTIGAÇÃO 

Ao menos até este domingo, a polícia não informara se as vítimas teriam ligação com alguma organização criminosa que age na fronteira. No entanto, há fortes indícios de que os mortos poderiam ter planejado algum delito, já que tinham alugado o imóvel recentemente na cidade e portavam armas. 

“Olha, eles [rapazes] podem ter sido seguidos até a casa onde estavam morando e ali foram executados. Ou seja, tinham inimigos ou algo assim”, afirmou ao jornal um policial da cidade que preferiu não ver o nome publicado e aconselhou a reportagem a procurar pelo delegado que atua na investigação na segunda (9).

Policiais paraguaios também ajudam na investigação. 

CALMARIA 

Desde o começo do ano até a sexta passada (6), 20 pessoas haviam sido assassinadas em Ponta Porã, o que equivale a uma morte a cada 14 dias. É a menor média desde 2013, ano em que a Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública começou a computar e divulgar os dados.  

“Calmaria” semelhante havia ocorrido no ano passado, quando a cidade que faz fronteira com cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero havia registrado 28 assassinatos, o que equivale a uma morte a cada 13 dias.  

Nestes 11 anos, o mais sangrento foi 2021, quando os dados oficiais apontaram 65 homicídios, dando uma morte a cada 5,6 dias. Parecido com isso foi 2016, ano em que ocorreu o assassinado de um dos chefões do crime organizado na fronteira, Jorge Rafat. Naquele ano, Ponta Porã foi palco de 64 assassinatos.  

Os dados da Sejusp também apontam que historicamente, Ponta Porã concentra quase 10% dos assassinatos ocorridos em Mato Grosso do Sul, chegando a quase 14% dos 489 regristros de 2021.  

No ano passado e em 2023, porém, esta participação recuou para menos de 6%, confirmando que as quadrilhas que dominam o narcotráfico, o tráfico de armas e o contrabando estão (ou estavam) vivendo uma espécie de trégua. 

Celso Bejarano e Neri Kaspary/CorreioDoEstado










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