Após denúncia anônima, policiais do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) apreederam na noite desta quinta-feira, em Dourados, um carregamento de 459 quilos de cocaína que possivelmente seria levado para a Europa ou a América do Norte.
Com mais esta descoberta, chega a quase 14,8 toneladas o volume de cocaína e pasta base interceptado neste ano em Mato Grosso do Sul, ante 16,7 toneladas ao longo dos doze meses de 2022, conforme dados da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp)
A descoberta desta quinta-feira aconteceu em um galpão no Parque dos Jequitibás e, segundo a assessoria do DOF, ao perceberem a presença de policiais, “alguns homens que estavam no barracão fugiram pulando muros. Diligências foram feitas na região, mas nenhum suspeito foi localizado.”
Alem da cocaína, no local também foram apreendidos 402 quilos de maconha. O caminhão baú utilizado para o transporte das drogas do Paraguai até o entreposto de Dourados também foi apreendido.
O prejuízo ao narcotráfico foi avaliado em aproximadamente R$ 36 milhões e, segundo o capitão Joelson Limeira, coordenador de operações do DOF, “a droga tem características tipo exportação, por conta do armazenamento e da forma em que estava acondicionada", explicou.
Desde o começo do mês, conforme o capitão, o DOF apreendeu mais de uma tonelada de cocaína, superando a soma do volume das interceptações dos oito primeiros meses do ano. No último dia 5 os integrantes do Deptartamento participaram da apreensão de 538 quilos de cocaína, também em Dourados.
Aquele carregamento havia sido trazido do Paraguai até Dourados em uma viatura da Polícia Civil de Ponta Porã e dois policiais acabaram sendo preso por envolvimento com os traficantes. A investigação foi comandada pela corregedoria da Polícia Civil e pelo Ministério Público, que haviam recebido denúncias da Polícia Rodoviária Federal. O DOF atuou em apoio à operação da corregedoria.
Conforme suspeitas dos agentes do DOF, o local onde foram encontrados os 459 quilos de cocaína servia de entreposto da quadrilha e já havia sido utilizado várias outras vezes para armazenar drogas.
Neri Kaspary/CorreioDoEstado
