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OPERAÇÃO SEQUAZ: PF esperava encontrar até 90 fuzis e pistolas em Campo Grande

A investigação também aponta que o dinheiro destinado a MS na operação para libertar Marcola e atacar Moro era três vezes maior que para outras cidades

Publicada em 24/03/2023 às 14:22h

por Redação


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OPERAÇÃO SEQUAZ: PF esperava encontrar até 90 fuzis e pistolas em Campo Grande
Ilustrativa  (Foto: Divulgação)

Na quarta-feira, quando desencadeou a operação Sequaz, a Polícia Federal estava em busca de um verdadeiro arsenal de guerra num apartamento em Campo Grande. Conforme anotações na decisão judicial que autorizou as prisões e os mandados de busca e apreensão, o suposto integrante do PCC em Campo Grande poderia estar escondendo 90 fuzis e pistolas. As armas supostamente seriam usadas em atentados contra o senador Sérgio Moro e outras autoridades. 

E pelo volume de dinheiro destinado para o contato de Campo Grande é possível que a PF estivesse certa na suspeita. Na contabilidade dos criminosos, uma mulher identificada como Duda pode ter recebido até R$ 210 mil, dividido em parcelas. E de acordo com esta contabilidade, montante é três vezes maior do que o segundo colocado neste ranking da distribuição de dinheiro para montar o plano para atacar autoridades e libertar Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, chefe máximo da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

Em uma das anotações às quais a investigação teve acesso é possível ver que Duda recebeu R$ 110 mil. Logo na sequência, ela aparece novamente, indicando que receberia mais duas parcelas de R$ 50 mil. E a suspeita é de que o dinheiro seria, ou foi, destinado para compra de armamentos. 

Na contabilidade descoberta pelos investigadores o contado Duda (México) aparece duas vezes e o valor somado chega a R$ 220 mil

E este número de 90 fuzis e pistolas, além de uma infinidade de munições, está explícito em anotações encontradas pelos agentes. Em uma das tabelas está escrito que em Mato Grosso do Sul (que nos códigos dos bandidos aparece como México) poderiam contar com “90 ferramenta bico e pec”. E, de acordo com os investigadores, “bico e pec” são gírias usados pelos criminosos que significam fuzis e pistolas. 

O apartamento em que supostamente estariam as armas está localizado no residencial Castelo San Marino, na Avenida Senador Mendes Canale, 1299, na região do Bairro Pioneiros. Na região existem centenas de apartamentos entregues pela construtora MRV nos últimos anos. 

No local, conforme a investigação, estaria morando Andressa Leite Faria, que é casada com Evandro Dias da Silva. Esse Evandro, apontado como um dos chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC) foi preso em janeiro deste ano em Rondônia acusado de envolvimento num plano para assassinar um policial penal do Presídio Federal de Porto Velho. 

investigadores encontraram anotação indicando o endereço em Campo Grande onde supostamente haveria um depósito de armas e munições

“Importante destacar que como o apartamento continua locado e pago, é possível que lá existam armas e/ou um “cofre”, pois normalmente após alguém ser preso os criminosos somem com armas, munições e qualquer material que possa incriminá-los. Como no caso em tela o apartamento ainda está alugado, é possível que tenhamos êxito em encontrar armas e munições. Obviamente, depois dos prováveis cumprimentos de mandados relacionados a esta investigação, se não for cumprida ordem judicial lá, os materiais desaparecerão”, diz parte do despacho da juíza federal Gabriela Hard, que autorizou o mandado de busca e apreensão no apartamento.

Teoricamente a Polícia Federal não encontrou o tal arsenal ou algum cofre, pois não tornou pública nenhuma imagem ou informação relativa às buscas feitas no local, ao contrário daquilo que fez com relação a um imóvel no Paraná, onde um vídeo foi divulgado mostrando que uma parede foi quebrada para ter acesso a uma espécie de esconderijo secreto. 

RESULTADO

Na operação Sequaz Polícia Federalprendeu nove integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) que planejavam assassinar e sequestrar autoridades em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Paraná e Distrito Federal. O senador Sérgio Moro (União-PR), ex-ministro da Justiça no governo Bolsonaro, era um dos alvos da facção. Os criminosos se referiam ao ex-juiz pelo codinome “Tóquio”.

De acordo com a PF, Moro seria alvo do PCC porque foi ele o responsável pela transferência de Marcola, em 2019, para o Presídio Federal de Brasília, onde está até hoje. 

Moro soube em janeiro que era um dos alvos do PCC. Isso aconteceu quando Gakiya e o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mário Luiz Sarrubbo, levaram a Brasília as informações de uma testemunha protegida ouvida pelo Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco): o senador, sua mulher, a deputada federal Rosângela Moro (União-SP), e os dois filhos do casal estavam sendo seguidos pela “Sintonia Restrita”, o setor de operações especiais do PCC.

Os criminosos comandados por Janeferson Aparecido Mariano, conhecido como Nefo ou NF, receberam há seis meses a ordem para monitorar o alvo. Alugaram chácaras na região de Curitiba. Segundo o ministro da Justiça, Flávio Dino, em uma das chácaras “havia compartimentos sendo preparados em casas. “Compartimentos falsos, paredes falsas. E eles poderiam ser desde para armazenar armamento, droga, como para guardar pessoas.”

Nefo também alugou uma casa perto da residência dos Moro e uma sala comercial ao lado do escritório político do senador, em Curitiba. Os integrantes do PCC fotografaram o cotidiano do casal e dos filhos. Escola, academia, compras e reuniões: tudo foi acompanhado pelos criminosos.

As anotações que apontam a destinação de dinheiro para Duda, ou Andressa Leite Faria, que supostamente morava em Campo Grande, são do próprio Nefo, apontado como chefe máximo da trama para atacar autoridades e libertar Marcola. 

Neri Kaspary/CorreioDoEstado










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