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Operação conjunta na fronteira bloqueia 27 toneladas de insumo para produção de cocaína

Carregamento estava previsto para ser levado para a Bolívia e foi parado em Corumbá

Publicada em 02/11/2022 às 16:44h

por Redação


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Operação conjunta na fronteira bloqueia 27 toneladas de insumo para produção de cocaína
Operação conjunta na fronteira bloqueia 27 toneldas de insumo para produção de cocaína  (Foto: Divulgação)

A Receita Federal e a Polícia Federal identificaram carregamento de óxido de manganês sem documentação regulamentada e que estava prevista para ser envido para a Bolívia. O insumo é utilizado na produção de cocaína e acabou sendo apreendido devido à condição que as forças de segurança identificaram o produto.

Esse tipo de produto químico tem diferentes usos na indústria. Um deles é para autar na produção de vidro, permitindo que o produto não tenha coloração verde. Também pode ser usado na fabricação de compostos de manganês e com destinação na produção de permanganatos, usados como medicamento para limpeza de feridas e úlceras.

O óxido de manganês tem outra destinação que é no processo de refino da cocaína e como o carregamento de 27 toneladas tinha como destino a Bolívia, um dos maiores produtores da droga no mundo, houve suspeita das autoridades. O país vizinho não tem indústria específica na produção de vidros, nem de permanganatos.

A apreensão ocorreu nesta segunda-feira (31) e foi divulgada pelas autoridades na tarde desta terça-feira (1). A identificação da carga foi no posto de fiscalização, onde há unidade da Receita Federal.

“O óxido de manganês precisa da anuência da Polícia Federal para ser comercializado com a Bolívia, um dos principais países produtores de cocaína no mundo. Dessa forma, após atuação conjunta das inteligências da Receita Federal e da Polícia Federal, verificou-se que a mercadoria em questão não possuía qualquer documentação idônea que permitisse seu comércio exterior com o país vizinho”, informou a Receita, em nota.

A Polícia Federal vai instaurar inquérito para averiguar o proprietário da carga, bem como qual era o destino dela na Bolívia. A Receita Federal também conduz procedimento administrativo. Até o momento, ninguém foi preso por conta do carregamento.

Neste ano, tanto a Receita Federal como a Polícia Federal direcionaram operações e fiscalizações para interceptar na fronteira do Brasil com a Bolívia, a partir de Corumbá, carregamentos de insumos geralmente levados para o país vizinho e que são utilizados na produção da cocaína.

Em outubro, houve a identificação do maior transporte de ácido bórico já registrado no país e que acabou apreendido na região, no dia 18 de outubro.

As 168 toneladas de insumo, que estavam em um comboio de seis caminhões, teria potencial de produzir até 450 toneladas de cocaína. Isso pode representar em cerca de R$ 11 bilhões em droga no mercado ilegal. A carga tem valor estimado de US$ 200 mil. 

Em 12 de abril deste ano, outro caminhão transportava 1,5 tonelada do insumo e acabou interceptado pela Receita Federal no Posto Esdras, que fica na fronteira do Brasil com a Bolívia, na rodovia Ramão Gomes.

De acordo com o relatório mundial sobre drogas do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC, sigla em inglês), autoridades internacionais estão atentas para os chamados mercados produtores de drogas, e isso direciona holofotes para Bolívia, Peru e Colômbia.

“As cadeias de fornecimento de cocaína para a Europa estão se diversificando, fazendo baixar os preços e aumentar a qualidade, ameaçando assim a Europa com uma maior expansão do mercado de cocaína. Isso provavelmente ampliará os danos potenciais causados pela droga na região. O número de novas substâncias psicoativas [NSP] emergentes no mercado global caiu de 163 em 2013 para 71 em 2019. Isso reflete as tendências na América do Norte, na Europa e na Ásia”, apontou relatório da ONU.

Rodolfo César/CorreioDoEstado










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