Narciso Chamorro, preso com arsenal em carro no bairro Moreninhas no começo deste mês foi denunciado à Justiça pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul por transportar armas de fogo de uso restrito sem autorização e em desacordo com a lei. Investigação aponta que ele trabalharia a mando de Rodrigo Donovan de Andrade, dono de clube de tiro na cidade de Maracaju.
Ele foi denunciado à 4ª Vara Criminal e ainda foi solicitado sigilo aos autos, o que ainda não foi determinado pelo juízo. “Verificou-se que o denunciado fora contratado para realizar a guarda e transporte das referidas armas de fogo e munições, sendo que perceberia a quantia de R$ 2.000,00”, cita a peça.
Chamorro está detido na Penitenciaria Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira II e no dia do flagrante, em 4 de outubro, foram encontrados com ele um fuzil de assalto da marca IMBEL, calibre 7.62, com numeração raspada; duas pistolas Glock, calibre 9mm, também com numeração raspada e modificadas para disparar rajadas; seis carregadores para pistola Glock; três coletes balísticos, nominados "Polícia Civil", contendo placa balística; cinco balaclavas (touca ninja); 116 munições de pistola 9mm.;80 munições de fuzil calibre 762.; e 16 carregadores de fuzil 762.
Caso – no dia do flagrante, a PF afirmou que o objetivo da operação era evitar um roubo e apreender diversas armas ilegais. Foram feitas diligências após denúncias anônimas e durante a abordagem, no Bairro Moreninhas, os federais encontraram Chamorro, que é portador de autorização CAC (Colecionador, Atirador e Caçador).
Descobriu-se depois que ele trabalharia para Rodrigo Donovan de Andrade, que seria mandante de comércio ilegal de armas e fuzis e alvo da Operação Ópla, desencadeada ontem pela Polícia Federal em Maracaju e em Campo Grande no dia 14 de outubro, após a prisão de Narciso. Rodrigo tem várias passagens por outros crimes, inclusive assalto a banco no Sergipe, em 2011.
Lucia Morel/CampoGrandeNews
