Chegou ao fim no domingo (5) a 28ª edição da Festa da Linguiça de Maracaju. O evento, organizado pelo Rotary Club do município, comercializou cerca de cinco mil kg de linguiça, tanto in natura quanto preparada.
Segundo o presidente do Rotary em Maracaju, Walter Serafini, na sexta-feira (3) e sábado (4), houve uma alta presença de público, embora o fluxo durante o almoço tenha sido menor comparado ao ano anterior."Foi bom. Tivemos várias atrações musicais, um público que compareceu em peso e prestigiou a nossa festa que já é tradição em Maracaju", afirmou Serafini, ressaltando que o importante é a continuidade da qualidade e da tradição.
Com o encerramento da festa a equipe organizadora agora foca na elaboração do balanço final para determinar os lucros e como serão distribuídos.
Uma das instituições atendidas será a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Maracaju, que precisa de um novo ônibus para os pacientes. "A primeira coisa que temos que ver é quem precisa mais, fazer um balanço", destacou o presidente do Rotary.
Festa da Linguiça é tradição em Maracaju - (Foto: Álvaro Rezende)
Neste ano foram produzidas aproximadamente 20 toneladas de linguiça. A previsão dos organizadores era de reunir 40 mil pessoas durante os dias de festa, com estimativa de que para cada real movimentado, outros R$ 7 giram em consumo e serviços no comércio de Maracaju.
Os números completos serão divulgados nesta terça-feira (7).
No ano passado, passaram pelo Parque de Exposições em torno de 35 mil pessoas, com consumo e comercialização de 10 toneladas de linguiça. Toda a renda foi destinada às entidades sociais e assistenciais do município, entre elas, o Hospital Soriano Corrêa da Silva e projetos sociais da PM (Polícia Militar).
Entenda - A Festa da Linguiça de Maracaju nasceu em 1994, de um projeto do Rotary Club que buscava divulgar e valorizar a iguaria mais famosa da cidade.
Com o passar dos anos, a gastronomia se juntou a outros atrativos, como shows nacionais, exposição de veículos, máquinas e implementos, parque de diversões, artesanato, fazendo da festa um dos principais eventos turísticos do Mato Grosso do Sul.
Atualmente, o evento é considerado um dos maiores e mais importantes da gastronomia regional.
A iguaria é temperada com "laranja azeda", com selo "anti-fake" de indicação geográfica emitido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial, o que garante desde 2016 ao prato a proteção contra falsificações de origem e produção.
Além disso, em um dos dias da festa, a linguiça faz parte da merenda escolar na cidade.
Em 2019, foi firmado um acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, que deu status especial à iguaria, que agora integra a lista de 220 itens protegidos pelo Mercosul.
Dentre os itens estão o queijo Canastra de Minas Gerais, Mel do Pantanal e a Cachaça.
