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MARACAJU

Justiça deve pedir prorrogação de afastamento dos vereadores de Maracaju

Além dos oito detentores de mandatos, o juiz da Comarca de Maracaju enquadrou nas investigações três ex-vereadores

Publicada em 30/12/2022 às 19:35h

por Redação


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Câmara Municipal de Maracaju  (Foto: Reprodução)

Os oito vereadores que foram afastados de suas funções na Câmara Municipal de Maracaju pelo prazo de 30 dias deverão continuar afastados das atividades no Legislativo do município.

O pedido de afastamento dos oito vereadores resultou na convocação de oito suplentes para assumirem as cadeiras vagas temporariamente de tal forma que fosse possível dar continuidade no processo legislativo votando, entre outros expedientes, a Lei Orçamentária Municipal.

Na cidade, as pessoas preferem não falar sobre o assunto de forma oficial, mas a maioria dos populares ouvidos pela imprensa se diz favorável à ação do Judiciário que investiga os vereadores sob suspeitas de receberem propina do então prefeito de Maracaju, Maurílio Azambuja (MDB), para votarem projetos polêmicos e fazer vistas grossas ante possíveis atos de corrupção que estariam ocorrendo na administração passada.

Além dos oito detentores de mandatos, o juiz da Comarca de Maracaju enquadrou nas investigações três ex-vereadores que não se reelegeram no pleito passado.

O ex-vereador Vergílio da Banca, por exemplo, ficou com a primeira suplência do MDB, o mesmo assumiu mesmo estando sendo investigado. Em seu lugar era para ter assumido o suplente seguinte Adilson da Fármacia.

Conforme informações de um político que pediu para preservar sua identidade, até a data de ontem o atual vereador Ilson Portela, o Catito (eleito pelo DEM), já tinha recebido três negativas do Poder Judiciário para seus pedidos de recondução ao cargo de vereador.

Por este motivo, populares e mesmo lideranças políticas acreditam que a Justiça prorrogará o afastamento porque o inquérito está ainda na fase de depoimentos dos envolvidos.

AFASTADOS - Os parlamentares afastados foram Jeferson Lopes (Patriota), Nenê da Vista Alegre (MDB), Catito (União Brasil), Hélio Albarello (MDB), Laudo Sorrilha (PSDB), Robert Ziemann (PSDB), Nego do Povo (MDB) e Joãozinho Rocha (MDB).

SUPLENTES EMPOSSADOS - Do MDB, foram chamados Celinho Padeiro para o lugar de Ludimar Portela, o Nego do Povo, Rudmar Lautert para substituir Joaozinho Rocha, Gracinha Pernambucana para o lugar de Hélio Albarello e Adilson Batista para a vaga de Antônio João Marçal de Souza, o Nenê da Vista Alegre.Daniel Esquivel e Beto Schwinn, do União Brasil, substituem Ilson Portela, o Catito, e Jefferson Lopes, respectivamente.

Robert Ziemann, atual presidente da Mesa Diretora, e Laudo Sorrilha foram substituídos por Nelson José dos Santos (PSDB) e Rosane Jung (PSDB).

Os três ex-vereadores, que segundo a investigação também recebiam mensalinho, mas não conseguiram se reeleger em 2020, são Vergilio da Banca (MDB), Adriano da Silva Rodrigues, o Professor Dada (PSDC), e Toton Pradence (União Brasil). Adriano mora atualmente em Rio Brilhante, onde trabalha em uma usina.

MENSALINHO – Os vereadores e suplentes afastados são alvos da fase “Mensalinho” da Operação Dark Money, deflagrada em setembro de 2021 pelo Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) e que culminou com a prisão do ex-secretário de Finanças do município Lenilso Carvalho e do ex-prefeito Maurílio Azambuja, além de mais dois servidores municipais.

Lenilso foi candidato a prefeito pelo MDB, sendo derrotado pelo atual prefeito do município, Marcos Calderan (PSDB).

Essa nova fase identificou esquema de pagamento de propina a vereadores de dezembro 2019 a novembro de 2020. Segundo o Dracco, as propinas eram pagas por ordem de Maurilio Azambuja, com anuência de outros servidores e integrantes da gestão municipal, e tinham como objetivo afrouxar a fiscalização das contas da prefeitura pela Câmara, além de aprovar projetos de interesse da prefeitura.

Pela decisão do juiz, os oito titulares foram afastados até o dia 5 de janeiro, mas o afastamento deverá ser prorrogado por no mínimo mais 30 dias, o que fará com que os oito suplentes participem da reabertura dos trabalhos na Câmara Municipal. O Legislativo encontra-se em recesso até o dia 1º de fevereiro de 2023.

Paulinho Soares/Impacto+










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