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Programa indígena de fortalecimento econômico é lançado em MS com 240 bolsistas

Iniciativa da IFMS e Ministério dos Povos Indígenas tem o objetivo de promover a autonomia financeira para comunidades Guarani Kaiowá

Publicada em 18/04/2025 às 17:03h - Redação

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Programa indígena de fortalecimento econômico é lançado em MS com 240 bolsistas
A cerimônia de lançamento do programa foi realizada na Escola Estadual Indígena Mbo\'eroy Guarani Kaiowá, no município de Amambai  (Foto: Divulgação / IFMS)



Com o objetivo de dar autonomia financeira aos indígenas, Programa Teko Porã foi lançado nesta semana em Mato Grosso do Sul com 240 bolsistas beneficiados da etnia Guarani Kaiowá. 

O 'Programa Teko Porã: Fortalecimento do Bem Viver do Povo Guarani Kaiowá', prevê investimentos em ações para o fortalecimento territorial, cultural, social e econômico das comunidades do sul do estado.

A cerimônia de lançamento foi realizada na Escola Estadual Indígena Mbo’eroy Guarani Kaiowá, no município de Amambai, na segunda-feira (14), e teve a presença do secretário-executivo do MPI, Luis Eloy Terena e do diretor-geral do Campus Ponta Porã do IFMS, Izidro Lima.

O coordenador-geral do Teko Porã, Fernando Silveira, descreveu a importância do programa ter sido construído com ampla participação dos Guarani Kaiowá.

"As metas são fruto de escuta, diálogo e respeito à autonomia dos povos indígenas. Não se trata de levar soluções prontas, mas de construir junto – com os Guarani Kaiowá coordenando e colocando em prática seus próprios projetos de vida. O Teko Porã é mais do que um programa: é uma ação coletiva pelo bem viver, fortalecida pelo protagonismo de quem mais entende o território, a cultura e os caminhos que queremos trilhar", enfatiza Fernando.

"O programa prevê grandes ações para as comunidades Guarani Kaiowá da região do Cone Sul, o que inclui soberania alimentar, fortalecimento da cultura e da educação indígena, elaboração dos planos de vida dos povos dessa etnia e um programa de proteção das casas de reza. É um programa 'com' e 'para' os povos indígenas", destaca Eloy Terena, secretário-executivo do MPI.

Por meio do Termo de Execução Descentralizada (TED) no valor de R$ 6,8 milhões, o IFMS é responsável pela execução de oito metas do plano de trabalho, que buscam fomentar a autonomia indígena, a segurança alimentar, a preservação cultural e a proteção ambiental. São elas:

  • Elaboração de Planos de Gestão Territorial e Ambiental (PGTAs) 
  • Fomento a ações de fortalecimento de mulheres e jovens indígenas
  • Implementação do Projeto Tekojoja: Semeando Liberdade
  • Desenvolvimento de iniciativas de proteção às casas de reza
  • Valorização cultural da Dança Kipaé
  • Fomento à piscicultura sustentável
  • Implementação de quintais produtivos
  • Publicação do Programa Teko Porã

O programa já está sendo executado desde fevereiro, com a realização de visitas aos tekohas (territórios indígenas), onde foi feito registros, apresentações e a identificação de localizações estratégicas para a execução das metas.

Além dos mais de 140 indígenas que receberão bolsa para participar da execução das metas, a iniciativa conta ainda com outros 50 bolsistas que atuam em diversas áreas, como antropólogos, engenheiros ambientais, sociólogos, entre outros profissionais.

FONTE DE RENDA

Entre as metas do programa está o fomento à piscicultura sustentável, que tem como objetivo a implementação de tanques elevados para a criação de peixes nas comunidades indígenas, contribuindo para a segurança alimentar e a geração de renda, além de promover práticas de manejo sustentável e participação comunitária.

Em Mato Grosso do Sul, já existem algumas iniciativas dentro de comunidades indígenas de projetos agrícolas por meio de quintais produtivos e de piscicultura, porém, a proposta é de disseminar a ideia e o conhecimento das práticas dessas atividades para a comunidade guarani-kaiowá.

Também está nas metas a implementação de quintais produtivos, que pretende promover a agricultura sustentável nas comunidades indígenas por meio da criação de espaços para cultivo que fortaleçam a segurança alimentar, resgatem tradições alimentares e estimulem a autonomia econômica das famílias.

Judson Marinho - www.correiodoestado.com.br










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