Em 2021, o Hospital Adventista do Pênfigo (HAP) deu início ao processo de documentação e adequação da estrutura física a fim de cumprir todos os requisitos preconizados pelo Ministério da Saúde para realização de transplantes.
No dia 29 de setembro de 2023, o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul formalizou um convênio com o hospital para instalar e habilitar o Centro de Transplante de Fígado e Rim na Capital.
Em abril deste ano, o Ministério da Saúde conferiu ao Pênfigo a habilitação para ser a primeira instituição de saúde do estado a realizar transplantes de fígado, e no dia 23 de julho de 2024, foi realizado no hospital o primeiro transplante de fígado de Mato Grosso do Sul pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Desde então, já foram realizados 9 transplantes de fígado no estado, o mais recente no início de novembro. A expectativa da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) é de que o Estado passe a realizar 70 transplantes de fígado por ano.
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES), atualmente, 19 pacientes ainda aguardam na fila por um transplante.
Um dos principais benefícios do Centro Transplantador instalado em MS é que os pacientes não precisam mais se deslocar para Sorocaba, no interior de São Paulo, onde estava localizado o hospital referência para transplante de fígado de pacientes de Mato Grosso do Sul.
Divulgação: Governo do Estado
Para o procedimento realizado mais recente, no início de novembro, o transporte do fígado a ser transplantado envolveu as secretarias estaduais de Saúde e de Governo, além da Casa Militar e do Hospital do Pênfigo.
O órgão a ser transplantado estava em Porto Velho, capital de Rondônia, e foi buscado em uma aeronave Citation II, prefixo PS-EMS, pertencente à frota do Governo de Mato Grosso do Sul, sob a responsabilidade da Casa Militar.
O piloto Maurício de Carvalho e o co-piloto Adalberto Rodrigues de Moura também são vinculados ao Governo. Junto deles uma equipe médica com três integrantes, ambos do Hospital do Pênfigo, participou do transporte.
Para ser um doador, basta conversar com sua família sobre o seu desejo. No Brasil, a doação de órgãos só será feita após a autorização familiar.
O Ministério da Saúde explica que existem dois tipos de doador - vivo e falecido.
O doador vivo pode ser qualquer pessoa que concorde com a doação, desde que não prejudique a sua própria saúde. Ele pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão.
Pela lei, parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores e não parentes, só serão doadores com autorização judicial.
O segundo tipo é o doador falecido, que são pacientes com diagnóstico de morte encefálica, geralmente vítimas de catástrofes cerebrais, como traumatismo craniano ou AVC (derrame cerebral).
Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista única, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado, e controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes.
A Central Estadual de Transplante atende 24h por dia pelos telefones (67) 3312-1400 / 3321-8877.
Alanis Netto/CorreioDoEstado