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Arrecadação de Mato Grosso do Sul cresce menos que a inflação pelo 6º mês

Alta de agosto foi de 1,95%, o que é menos da metade da inflação acumulada em 12 meses, que foi 4,24%

Publicada em 09/10/2024 às 19:41h

por Redação


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Arrecadação de Mato Grosso do Sul cresce menos que a inflação pelo 6º mês
Por conta da estiagem, a segunda safra de milho amargou redução de 40,52% em relação à safrinha do ano anterior  (Foto: Reprodução)

Mato Grosso do Sul fechou agosto com arrecadação de R$ 1,636 bilhão em impostos, o que é 1,95% acima daquilo que faturou em igual mês do ano passado, quando a receita alcançou R$  1,605 bilhão, conforme dados do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). 

O crescimento na comparação com agosto de 2023 foi de 1,95%, o que é menos da metade do índice oficial da inflação dos últimos 12 meses, que ao final de agosto estava em 4,24% (IPCA).

Em números reais, descontando a inflação, a arrecadação de impostos foi menor que em agosto do ano passado. 

Este é o sexto mês consecutivo em que a arrecadação estadual cresce abaixo da inflação e no acumulado do ano o cenário se repete.

Conforme o Confaz, a alta nos oito primeiros meses foi de 3,21%, passando de R$ 12,848 para R$ 13,260 bilhões. 

A principal fonte de arrecadação, o ICMS,  é uma das que estão crescendo menos que a inflação e teve alta de 3,59% nos oito primeiros meses do ano. Ela passou de R$ 10,66 bilhões para R$ 11,04 bilhões.

No item outros impostos, a situação é mais crítica. O faturamento caiu 3,66%, passando de R$ 946 milhões para R$ 911 milhões.

No caso do IPVA, que representa 7,5% do faturamento estadual, a situação é um pouco melhor. A receita do imposto sobre veículos teve alta de 5,5%, saltando de R$ 941 para R$ 993 milhões. 

Fonte: Confaz

Uma das principais explicações para a “estagnação” na receita é a prolongada estiagem que atinge Mato Grosso do Sul. Por conta disso, as últimas safras de soja e de milho safrinha sofreram queda de produtividade.

A estimativa é de que a queda na produção tenha tirado em torno de R$ 10 bilhões das mão dos produtores, o que acaba afetando a economia como um todo. 

Além de Mato Grosso do Sul, o site do Confaz traz os dados dos oito primeiros meses de apenas mais oito estados.

Destes, a Bahia teve o menor crescimento, de 12,23%. Tocantins, com o maior índice, aponta alta de 20,47% nas receitas próprias. 

Além disso, a importação de gás boliviano, uma das importantes fontes de arrecadação de ICMS, teve recuo de 17% no primeiro semestre, em comparação com igual período de 2023.

Nos seis primeiros meses do ano passado, a importação somou US$ 729 milhões, ante US$ 603 milhões no primeiro semestre deste ano.  

Neri Kaspary/CorreioDoEstado










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