No Estado, cerca de 25% dos eleitores aptos a votar não compareceram às urnas eletrônicas nas eleições municipais realizadas ontem.
O dado foi informado pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS), desembargador Carlos Eduardo Contar.
Segundo ele, esse porcentual é considerado normal para os padrões dos últimos pleitos eleitorais. “É uma abstenção dentro do esperado, um pouquinho acima de 20% é o que sempre acontece”, disse.
O presidente do TRE-MS também afirmou que as eleições foram tranquilas em Mato Grosso do Sul, sem nenhuma ocorrência grave. “Tivemos realmente uma eleição muito tranquila, tanto na Capital quanto no interior”, declarou Contar.
Em Mato Grosso do Sul, há a participação de 28.100 mesários, segundo o presidente da Corte Eleitoral, que agradeceu a contribuição de quem ajudou no pleito deste ano.
“É fantástica a contribuição de todos, são 28.100 mesários, e isso é um número expressivo não apenas daqueles que ficaram nas sessões, mas temos muitos outros colaboradores, desde o Comando Militar do Oeste, a Polícia Federal, a Polícia Militar, o Ministério Público Federal, o Ministério Público Estadual, entre muitos outros”, frisou Contar.
Conforme dados do TRE-MS, em Campo Grande, 15 urnas eletrônicas apresentaram algum tipo de problema – dessas, 11 precisaram ser trocadas. Em todo o Estado, foram 72 urnas com defeito, sendo 47 aparelhos que precisaram ser substituídos.
De acordo com o balanço parcial divulgado pela Corte Eleitoral sul-mato-grossense, na Cidade Morena, as zonas que mais apresentaram defeitos foram a 35ª e 36ª, com três registros de defeitos cada uma. Além dessas, a 53ª e a 44ª também tiveram máquinas trocadas.
Entre os problemas estavam equipamentos que travaram e/ou não funcionaram e urnas que não imprimiram a zerésima e tiveram que ser substituídas.
Em todo o território sul-mato-grossense, as 47 urnas eletrônicas que precisaram ser substituídas tiveram problemas de travamentos e até problemas em visores e teclados. Os defeitos foram identificados nos municípios de Corumbá, Sete
Quedas, Glória de Dourados, Nova Andradina, Três Lagoas, entre outras cidades. Segundo Contar, os problemas apresentados foram pontuais e não atrapalharam o andamento das eleições no Estado. “O que aconteceu é coisa corriqueira, problemas que foram resolvidos logo na abertura, coisas normais”, afirmou.
Algumas zonas eleitorais foram alteradas para as eleições municipais deste ano em Mato Grosso do Sul, conforme antecipado pelo TRE-MS. No entanto, alguns eleitores não fizeram a consulta antecipada e acabaram comparecendo ao local errado.
No caso de Maria Helena Escobar, foi ao encontrar uma vizinha que ela descobriu que a escola onde costumava votar estaria fechada, pois passa por reformas. “Eu não sabia que a do Lageado não estava aberta. Se o meu local mudou para longe, não vou nem sequer votar”, comentou.
Nas eleições majoritárias de 2022, o ainda candidato a governador de MS Eduardo Riedel (PSDB) precisou mudar de escola, uma vez que a que ele costumava votar estava em obra.
Para as adequações, às vezes ocorre de não alterar o local da votação, mas sim a seção. A equipe de reportagem do Correio do Estado esteve na Escola Municipal Padre Tomáz Ghirardelli, que tem 8.569 eleitores cadastrados, e notou que algumas pessoas estavam confusas com relação à seção.
Também foi verificado que o local tinha diversos funcionários do TRE-MS para dar suporte e orientações.
(Colaborou Alanis Netto, Evelyn Thamires e Leo Ribeiro)
Naiara Camargo e Daiany Albuquerque/CorreioDoEstado