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Mato Grosso do Sul não acompanha aumento de vacinação infantil brasileira

O imunizante contra a poliomielite, por exemplo, permanece com índices abaixo de 90% desde 2019, registrando leves aumentos nos últimos dois anos na Capital

Publicada em 18/07/2024 às 10:49h

por Redação


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Mato Grosso do Sul não acompanha aumento de vacinação infantil brasileira
Vacina contra a Poliomielite disponibilizada em Campo Grande  (Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado)

O Brasil conseguiu nesta semana, sair da lista de 20 países que a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) classificam com baixo índice de vacinação infantil.

O Ministério da Saúde (MS) relata que desde 2016 o país enfrentava quedas consecutivas nas coberturas vacinais, e que em 2023 essa realidade começou a mudar.

No entanto, Mato Grosso do Sul não acompanhou os avanços do governo federal, e possui diversas coberturas vacinais abaixo dos 95%, meta do MS.

Campo Grande, também segue na mesma linha do Estado, com índices de imunização contra a Poliomielite abaixo da meta brasileira, com 87,47% das crianças menores de 1 ano de idade vacinadas contra a doença este ano, segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau).

Apesar das taxas ainda serem menores que os 95% esperado pelo Ministério da Saúde, a vacinação mostra uma leve recuperação nos últimos dois anos.

A Capital, que tinha 95,43% de cobertura vacinal contra a Poliomielite em 2019, teve uma queda significativa em 2020, quando apenas 77,74% das crianças foram imunizadas.

Campo Grande apresentou mais uma queda, em 2021, quando registrou 73,25% de vacinação contra a doença, e a partir de 2022 notificou um aumento, mas sem atingir a meta do ministério novamente.

Enquanto isso, o MS aponta que o Estado, já em 2019, não atingiu a meta de vacinação contra a Poliomielite, mas chegou aos 94,41% de cobertura.

Em 2020, assim como a Capital, MS registrou uma queda expressiva, com apenas 83,16% das crianças imunizadas contra a doença.

No ano seguinte, esse índice continuou em queda, chegando a 75,71% da população apenas.

Também a partir de 2022 o Estado começou a registrar uma retomada da vacinação, mas ainda abaixo da meta estabelecida pelo Ministério da Saúde, quando a cobertura vacinal foi de 86,07%.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, no ano passado apenas a primeira dose da vacina Tríplice Viral, que imuniza contra o sarampo, caxumba e rubéola, teve índice acima da meta estabelecida, com 96,88% da população vacinada.

No entanto, a segunda dose da Tríplice Viral teve apenas 44,41% de adesão.

Os demais imunizantes, como contra a Hepatite B, Febre Amarela e BCG, estão no mesmo patamar que a vacina da Poliomielite, variando entre 70% e 80% de cobertura no Estado.

Já este ano, vacinas como a BCG, Febre Amarela e, novamente, Tríplice Viral 2ª dose, estão com índices abaixo de 70%.

A superintendente de vigilância em saúde da Sesau, Veruska Lahdo, relatou que há alguns anos Campo Grande vem tentando, principalmente com ações extra muro, aumentar novamente o índice de imunização.

A ampliação do horário de algumas unidades de saúde e vacinação aos finais de semana em locais como shoppings e supermercados, são atividades que já mostraram resultados positivos.

Veruska relembra que em 2022 a cobertura vacinal contra a Poliomielite estava em 80,49%, e em 2023 foi para 85,72%, o que mostra uma recuperação de 5%.

“A gente acredita que a queda (na cobertura vacinal) pode ter a ver com as pessoas que não conhecem o risco, a gravidade dessas doenças”, pontuou a superintendente.

Além disso, Veruska também elenca o afastamento da população das unidades de saúde durante a pandemia e a disseminação de informações falsas na internet como outros fatores que colaboram para o baixo índice de imunização.

“As vacinas são as melhores formas de imunização disponíveis no Sistema Único de Saúde”, relata Lahdo.

Ela informa ainda que atualmente 20 vacinas estão previstas no Programa Nacional de Imunização (PNI), e já foram responsáveis por erradicar do país doenças como a pólio e o sarampo. No entanto, o sarampo voltou a circular no Brasil, e em 2019 a nação perdeu o certificado de país livre do vírus.

FIM DA GOTINHA

O Ministério da Saúde relatou ainda que as popularmente conhecidas como “gotinhas”, que são as doses de reforço contra a pólio, serão substituídas pelo imunizante injetável.

Em nota, o ministério afirmou que “o país está em fase de transição para substituir as duas doses da Vacina Oral Poliomielite (VOP) por apenas um reforço com a Vacina Inativada Poliomielite (VIP). Ou seja, o esquema vacinal e a dose de reforço serão feitos exclusivamente com a VIP. O PNI está preparando o protocolo que orientará estados e municípios sobre a substituição das doses nos reforços ainda no segundo semestre”.

Saiba

Veruska informa ainda que as vacinas auxiliam na redução das complicações decorrentes de infecções, como riscos de morte e de internação.

Ketlen Gomes/CorreioDoEstado










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