Nesta quarta-feira (10), o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul coordenou o transporte de dois rins e um fígado para transplante em Brasília.
A operação ocorreu por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Central Estadual de Transplantes de Mato Grosso do Sul (CET/MS) e Secretaria de Estado da Casa Civil.
A operação destacou a importância de uma logística eficiente e do apoio governamental no processo de transplantes no Estado.
Claire Carmen Miozzo, coordenadora da CET/MS, enfatizou que a solidariedade da família da doadora, uma mulher de 68 anos, foi crucial para o sucesso da missão.
“Isso só foi possível graças à solidariedade da família em doar os órgãos e tecidos de seu ente querido. Para ser um doador de órgãos e tecidos, converse com sua família e deixe sua vontade clara”, explicou Miozzo.
Além dos rins e do fígado, as córneas da doadora também foram coletadas em um procedimento realizado na madrugada desta quarta-feira, na Santa Casa.
As córneas serão destinadas a pacientes de Mato Grosso do Sul.
Claire também destacou a importância de um diálogo franco e aberto sobre a doação de órgãos entre potenciais doadores e suas famílias.
“As pessoas não conversam sobre a doação de órgãos e tecidos. Quando morrem, cabe à família autorizar a doação. Durante a acolhida, entrevistamos o familiar e damos o direito de decidir pela doação. Muitas vezes, quando dizem ‘não’, é porque desconhecem a vontade de quem faleceu. Se isso for deixado claro em vida, a família tende a autorizar”, explicou Miozzo.
O serviço de acolhimento é realizado por profissionais treinados, capacitados pela Central de Transplantes, para ajudar as famílias a entenderem todo o processo de morte encefálica e o direito de autorizar, ou não, a doação de órgãos e tecidos.
Mariana Piell/CorreioDoEstado