Previsão divulgada nesta terça-feira (2) pelo Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS) mostra que o fenômeno La Niña tem 65% de chance de ocorrer no inverno de Mato Grosso do Sul. Essa é a maior probabilidade até o momento para 2024.
Esse é um fenômeno oceânico-atmosférico de resfriamento das águas do oceano Pacífico. Por consequência, gera mudanças nos padrões de circulação atmosférica que impactam no regime das chuvas.
Além disso, a atuação da La Niña durante o trimestre pode favorecer a incursão mais frequente de massas de ar frio. Conforme o Cemtec, é importante destacar que não é apenas esta forçante climática que determina as condições gerais do clima.
No Centro-Oeste, o La Ninã atua de forma despadronizada, mas, no geral, são verificadas anomalias em termos de precipitação e temperatura.
A chegada do fenômeno acende alerta, já que pode gerar novos períodos de estiagem no Pantanal. A atual situação do bioma é preocupante, uma vez que os rios importantes da bacia do Paraguai estão abaixo do esperado.
Além disso, o bioma enfrenta um dos maiores incêndios florestais da história, juntamente a uma seca intensificada.
A condição dos últimos meses era de El Niño persistindo, algo que começou no final do ano passado, uma vez que as temperaturas das águas do Oceano Pacífico tropical central e oriental ficaram mais quentes que a média.
O El Niño consiste em um fenômeno que representa o aquecimento anormal das águas superficiais e subsuperficiais do Oceano Pacífico equatorial.
Em 2023, o El Niño provocou condições climáticas extremas em MS, com temperatura mínima de 1°C, e calorão que elevou os termômetros aos 43°C.
Oposto ao El Niño, o La Niña é um fenômeno natural que consiste na diminuição da temperatura da superfície das águas do Oceano Pacífico Tropical central e oriental.
No Brasil, o La Niña tende a criar condições de seca na região Sul, enquanto traz chuvas em excesso para outras áreas, como o litoral do Nordeste e a Amazônia.
Valesca Consolaro/JornalMidiamax