O Mato Grosso do Sul está em situação de emergência nos municípios afetados por incêndios florestais. A medida tem validade por 180 dias e vale para incêndios em parques, áreas de proteção ou em locais com a propagação do fogo sem controle.
Com isso, os órgãos estaduais e a Defesa Civil ficam mobilizadas e a compra de equipamentos de combate ao fogo fica liberada de licitação.
Em caso de risco iminente, os agentes poderão entrar em casas para prestar socorro, retirar pessoas ou usar a propriedade particular.
A região registrou, até esse domingo, mais de 3 mil focos de incêndio. 3.262 no total, um aumento de mais de 2.100%, em comparação com os 146 registrados no mesmo período do ano passado, segundo o Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
E são as queimadas no Pantanal que fazem o Brasil liderar o ranking de focos de incêndio na América do Sul.
Até o momento, são cerca de 33 mil focos. Em segundo lugar, aparece a Colômbia, com 12 mil, e o Paraguai, com 7 mil.
Além do maior volume de queimadas, chama a atenção a antecipação do problema, que nos anos anteriores só foi intensificado a partir de agosto.
O Pantanal é a maior área úmida contínua do planeta, e os efeitos de agravamento do fenômeno El Niño na mudança do clima já vêm sendo percebidos no volume dos rios que atravessam o bioma.
A situação mais crítica com relação aos focos de incêndio está na região de Corumbá. Na região, já são registrados 2.141 focos de incêndio.
Priscilla Mazenotti/RádioNacional-Brasília
