A AMAS (Associação Sul-mato-grossense de Supermercados) divulgou nesta sexta-feira (10) um comunicado ressaltando que não há risco de desabastecimento de produtos vindos do Rio Grande do Sul, entre eles o arroz, portanto não há necessidade de o consumidor estocar produtos.
Rio Grande do Sul é um dos estados brasileiros de maior produção de arroz, entretanto, nos últimos dias, mercados de Campo Grande limitaram a venda de produtos por cliente.
Segundo a associação, apesar da logística ainda ser uma questão importante, não há falta de mercadoria.
“E, para não deixar faltar produtos até a reposição, os principais atacadistas não estão vendendo em grandes volumes para os comerciantes. Pontualmente, alguns estabelecimentos menores podem estar limitando a venda ao consumidor, como forma de precaução para que o produto não falte”, alerta.
A ABRAS (Associação Brasileira de Supermercados) está monitorando a situação nacionalmente e informou que, até o momento, os estoques e as operações de abastecimento do varejo estão normalizados com diversas marcas, preços e promoções para atender à demanda de consumo tanto das lojas físicas quanto pelo e-commerce.
Em um supermercado de Campo Grande, uma placa anuncia: “Atenção, senhores clientes. Arroz Sabor Sul Tipo 1 de 5 kg, apenas 5 pacotes por compra. A medida ainda é específica de algumas marcas, no entanto, o controle deve ser aplicado em todo o estoque de arroz.
“O preço já subiu um pouco e fomos informados de que vai ter um novo aumento no valor de todas as marcas de arroz. Sabemos que vai subir ainda mais, mas ainda não temos a previsão de quanto vai subir”, relata.
Das marcas que já apresentaram alteração no preço, o Tio João é o que teve o amento mais relevante. O pacote de 5 kg, que custava R$ 39,90, é vendido a R$ 43,90, diferença de R$ 4.
O Tio Lautério e o Dallas tiveram aumento menos expressivo, de R$ 2,00.
Questionada sobre o aumento no preço do arroz, a AMAS (Associação Sul-mato-grossense de Supermercados) afirma que os valores não são regulados e que o comércio depende do gerenciamento interno de cada loja e estoque.
Sobre a possibilidade de escassez do produto, a Associação diz que há um problema em relação à logística porque os fornecedores não estão conseguindo seguir com as cargas. Confira a nota:
“Em relação ao abastecimento de produtos vindos do Rio Grande do Sul, a AMAS – Associação Sul-mato-grossense de Supermercados informa que, devido às enchentes, há um sério problema de logística, e consequentemente os fornecedores não estão conseguindo entregá-los, apesar de haver estoque”, pontua.
O presidente da Farsul (Federação de Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul) disse em entrevista nesta quinta-feira (9) que não vai faltar arroz.
Ao podcast “De onde vem o que eu como”, Gedeão Pereira declarou que o RS tem arroz para abastecer o mercado interno por, no mínimo, 10 meses.
Além disso, que a principal dificuldade no momento no estado gaúcho é para o transporte do alimento para outros locais, pela interrupção nas estradas.
**Karina Campos, Aline Machado e Lucas Calixto
JornalMidiamax