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Primeira chuva do outono alivia, mas não rebate seca em Mato Grosso do Sul

Meteorologista aponta que indicadores de seca da Agência Nacional das Águas mostram que característica se manteve mesmo em pleno período chuvoso, com próximos meses sendo ainda mais secos

Publicada em 22/03/2024 às 16:19h

por Redação


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Primeira chuva do outono alivia, mas não rebate seca em Mato Grosso do Sul
Régua no Jardim Panamá chegou a marcar 26,8 mm nas últimas 24h, precipitação que veio aliada à frente fria  (Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado)

Ainda que boa parte de Mato Grosso do Sul tenha percebido alívio momentâneo do calor, com as chuvas dessa quinta-feira (21) - que só não chegaram para a região sul do Estado -, a precipitação das últimas 24 horas trouxe sim queda das temperaturas, porém, não deve melhorar a situação de seca estabelecida em pleno período chuvoso e que tende a piorar com a chegada das estações e meses mais secos do ano. 

Com o ciclo terminado no último dia 19, essas águas de março já fecharam o verão que, agora, dá lugar ao outono, estação característica pelas quedas das temperaturas e com uma diminuição na umidade do ar que serve de "tapete vermelho" para a chegada posterior do inverno.

Meteorologista do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec/MS), Vinicius Sperling destaca que, historicamente pela climatologia, o inverno sul-mato-grossense é seco por característica e alia-se a um verão com chuvas abaixo da média.

"Quando a gente tem um verão muito seco e vem o período seco que é normal da região, a gente fica com aquela preocupação em relação ao risco dos incêndios florestais", comenta.

Além disso, é importante lembrar que o tempo seco e estiagem não é favorável para o cenário de incêndios, mas também tem capacidade de prejudicar à saúde humana e até mesmo as lavouras de milho em Mato Grosso do Sul, presentes, por exemplo, em municípios como Naviraí, Iguatemi ou em Chapadão do Sul, que esperam ansiosos pelo fim da seca. 

Chuva de 5ª 

Vale apontar que, para o sul do Estado, a chuva de ontem (21) foi "insignificante" já que os municípios da região registraram menos de cinco milímetros em praticamente todas as cidades, o que sequer chegou a entrar nos registros do Cemtec. 

Pelos dados do monitoramento do Cemtec, Corumbá bateu o maior índice de chuvas e chegou a registrar 91,6 mm nas últimas 24 horas, precipitação elevada que também chegou à Chapadão do Sul (77,8 mm) e no trecho pantaneiro na Nhecolândia (69,8 mm). 

Já para a Capital, a régua no Jardim Panamá chegou a marcar 26,8 mm nas últimas vinte e quatro horas, precipitação que veio aliada à frente fria, responsável por uma queda de 13 graus nos termômetros de Campo Grande, que caiu de 34 °C para 21 °C, como evidenciou o Correio do Estado. 

Importante lembrar que, há cerca de nove meses, o El Niño passou a mostrar suas características, de dias quentes e secos, que se intensificou a partir de novembro do ano passado e se manteve até esse mês de março. 

Nestes 15 primeiros dias de março, conforme dados do Cemtec, ainda que uns mais e outros menos, todos os municípios tiveram percentual de chuva abaixo do que era esperado. A tabela abaixo mostra índices registrados entre os dias 1º a 15, além da média histórica. 

Entretanto, como esclarece o meteorologista, já é um pouco esperado que, nesse quantitativo, as chuvas fiquem abaixo da média justamente por ser uma comparação de 15 dias de observação de chuva com 30, que é a média histórica. 

"Então todos os números que são menores que 50 (60;70;80, enfim), é a chuva que já está abaixo do esperado, já que 50% seria o esperado para 15 dias. Então as que estão acima de 50, elas já choveram dentro do esperado para a primeira quinzena", explica Sperling. 

Segundo ele, os índices estão "bastante abaixo" e não é uma chuva pequena que vai reverter um cenário de seca que se arrasta por vários meses desde novembro.  

"Isso fez com que os indicadores indicassem que a seca está estabelecida em pleno período chuvoso, segundo o monitor de secas da ANA, a Agência Nacional de Águas", conclui. 

Leo Ribeiro/CorreioDoEstado










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