Mato Grosso do Sul enfrenta um envelhecimento regional conforme dados do último Censo - divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) -, o que não significa que a população é atrasada, já que a publicação mais recente indica um aumento no uso da internet entre os idosos.
Essas informações fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, pelo módulo Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) - publicado nesta quinta-feira (10) - que indica que 161,6 milhões de habitantes no País com 10 anos ou mais usaram internet.
Justamente, o Centro-Oeste aparece com o maior percentual de usuários da internet (69,4%), enquanto a menor colocação ficou com o menor, no Nordeste (51,3%).
Quanto aos idosos que usam a internet, o grupo apresentou aumento de 37% em seis anos, saltando de 24,7% para 62,1% em 2022, destacando-se como o crescimento mais acentuado entre as faixas etárias.
"Esse aumento pode ter sido propiciado, entre outros fatores, pela evolução nas facilidades para o uso dessa tecnologia e na sua disseminação no cotidiano da sociedade. É um grupo que tem avançado bastante na utilização da Internet", explica o analista da pesquisa, Gustavo Geaquinto.
Desde 1980, a população idosa em Mato Grosso do Sul triplicou, segundo dados do IBGE, passando de 2,9% para 9,6% em 2022. Os números indicam relação entre o processo de redução da fecundidade e mortalidade e variação do saldo migratório da população.
Já em Campo Grande, conforme o Censo Demográfico 2022, o grupo de crianças de 0 a 14 anos representava 20,5% da população campo-grandense, 69,2% para a população de 15 a 64 anos e de 10,1% para a população com 65 anos ou mais.
Ainda conforme os dados mostrados na pirâmide do IBGE, vemos que, em 2022, havia 468 pessoas com 100 anos ou mais.
O número é maior do que em 2010, quando eram 297 pessoas nessa mesma faixa etária, bem como o de 2000, quando eram 326 pessoas.
Em todos esses anos, havia mais mulheres do que homens com 100 anos ou mais. O que reforça a afirmação de que as mulheres envelhecem mais que os homens.
Leo Robeiro e Valesca Consolaro/CorreioDoEstado