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Mais de 70% das novas empresas de MS são do setor de serviços

Importância desse segmento da economia é cada vez maior: neste ano, gerou 10,2 mil empregos

Publicada em 07/10/2023 às 16:52h

por Redação


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Mais de 70% das novas empresas de MS são do setor de serviços
Enfermeira trabalha em hospital; profissão é uma das que compõem o setor de serviços  (Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado)

O setor de serviços é responsável por 71,50% das empresas abertas no Estado neste ano. Conforme dados da Junta Comercial de Mato Grosso do Sul (Jucems), do total de 7.838 empreendimentos constituídos entre janeiro e setembro de 2023 em MS, 5.604 são da área de serviços.

Apesar de registar o segundo menor número de empresas abertas no segmento no mês de setembro, com 547 novos negócios em todo o território sul-mato-grossense, serviços segue emplacando altos índices de contribuição para o crescimento econômico de MS.

Ainda que o Estado seja caracteristicamente lembrado por ser uma região na qual as atividades agropecuárias se destacam por sua força, analistas do setor econômico apontam essa realidade como um dos fatores responsáveis pelo bom desempenho dos serviços. 

“Não podemos deixar de destacar a pujança do agronegócio, cuja produção vem batendo recordes anualmente e, consequentemente, alavanca as atividades de serviços correlacionadas, em especial os logísticos de transporte”, destaca o economista Lucas Sobrinho.

Sobrinho enfatiza que o setor de serviços é o termômetro da economia, ou seja, se está crescendo, pode-se inferir que o cenário econômico local está dinâmico e apresenta performance crescente.

Em seu parecer, o economista Eduardo Matos corrobora, afirmando que, ao analisar o cenário de atividades produtivas de Mato Grosso do Sul, a agropecuária figura entre os setores de grande relevância, sendo os serviços um reflexo dessa condição.

“Mato Grosso do Sul vem adquirindo vocação econômica no setor de serviços, fenômeno esse que, no entanto, não ocorreu repentinamente, sendo parte dessa evolução atribuída justamente ao agro, pois é um setor que demanda muitos serviços de apoio, como assistência técnica, pesquisa, manutenção”, lista.

Outro fator destacado pelos economistas como motor de crescimento para o setor, em análise ao Correio do Estado, é a onda de grandes investimentos públicos e privados que estão sendo ou serão realizados nos próximos anos no Estado. 

“Esse fator também gera reflexos na demanda do segmento de serviços, por conta da necessidade de contratação de uma grande quantidade de colaboradores para trabalharem nos canteiros dessas obras”, ressalta Sobrinho.

De acordo com a Jucems, o mês de agosto foi responsável por registrar o segundo maior número de novas empresas no segmento de serviços neste ano. No total, foram 686 novos negócios, ficando atrás somente de março, quando foram computadas 780 novas empresas na área, em Mato Grosso do Sul.

Na avaliação do presidente da Jucems, Nivaldo Domingos, o resultado de setembro foi inferior a agosto, que teve mais de 900 empresas abertas no total, por conta de dois fatores. “Primeiro, nós tivemos feriado prolongado de quatro dias. Toda vez que isso ocorre, existe uma queda no índice de abertura. O outro ponto normal é que o ápice de abertura de empresas ocorre em meados do ano”, detalha. 

Nesse sentido, ele ainda destaca que, até dezembro, a tendência será de recuo e estabilidade, uma vez que a abertura sobe em meados do ano. “Vem férias, muitos escritórios de contabilidade fecham, os empresários já passam a onda de Natal, então ninguém está abrindo nada”, salienta o presidente da Jucems.

“Um fato atípico neste ano foi o volume de movimentação em janeiro, que reagiu muito rápido com o crescimento do mês, março então foi alguma coisa diferenciada para a gente”, completa Domingos.

Dentro do setor de serviços, a maior parte entre as novas empresas abertas foi do ramo de escritórios e apoio administrativo, com 258 novas firmas nos primeiros oito meses do ano, seguido por transporte rodoviário (231) e atividades médicas (217), segundo informações do ranking de aberturas por Classificação Nacional das Atividades Econômicas (Cnae). 

EMPREGOS

No topo das contratações, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, o setor de serviços acumula bons resultados no Estado em 2023. Ele é responsável por quase um terço das 30.511 vagas geradas no ano. 

Desse total de novos trabalhos com carteira assinada, 10.270 vagas são do setor de serviços, e as áreas de saúde, serviços sociais, educação, administração pública e seguridade social foram as que mais contrataram.

O mestre em economia Lucas Mikael classifica o setor de serviços como componente fundamental da economia do Estado, sendo o responsável pelo maior volume de vagas criadas nos últimos meses. 

“Abrange várias atividades econômicas que não estão diretamente ligadas à produção de bens físicos, mas, sim, à oferta de serviços intangíveis, para atender as necessidades e as demandas da população e das empresas”, explica.

O economista ainda salienta que o desempenho positivo da área é indício de uma maior procura por serviços, em resposta ao crescimento econômico do Estado, atraindo investimentos e novos negócios para a região e, consequentemente, criando mais empregos.

OUTROS SETORES

Mato Grosso do Sul registrou em setembro a abertura de 779 empresas. No acumulado de janeiro a setembro, o volume é de 7.838 estabelecimentos, sendo o comércio o segundo setor que mais abriu firmas, com 1.935, seguido pela indústria de MS, com 209 empresas. 

Já o total de fechamentos ficou em 364 no mês de setembro. 

Entre os municípios, Campo Grande liderou a abertura de firmas, com 349, seguido pelas cidades de Dourados, Três Lagoas e Naviraí.

Evelyn Thamaris/CorreioDoEstado










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