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Temperatura vai passar dos 40ºC em Mato Grosso do Sul; calor extremo pode matar

Na última semana de inverno, o Estado pode ter recorde de alta temperatura; especialistas alertam para cuidados necessários

Publicada em 19/09/2023 às 16:07h

por Redação


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Temperatura vai passar dos 40ºC em Mato Grosso do Sul; calor extremo pode matar
Em razão de fenômenos, Mato Grosso do Sul poderá registrar as maiores temperaturas do ano ainda esta semana.  (Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado)

O Estado finaliza o inverno com recorde de temperatura nesta semana. De acordo com o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec-MS), ao longo dos próximos dias, a máxima poderá chegar a 43ºC. Especialistas indicam que o calor excessivo pode causar sérios problemas ao organismo, se os cuidados devidos não forem seguidos.

O Cemtec-MS detalha que até quinta-feira os dias serão marcados por elevação das temperaturas e baixa umidade relativa do ar.

Tais fatores são influências do bloqueio atmosférico aliado ao El Niño, fenômeno que provoca aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico, favorecendo ondas de calor em todo o País. 

“A previsão para a semana, entre segunda e quinta-feira, indica tempo firme, com sol e variação de nebulosidade, em razão da atuação de um bloqueio atmosférico que favorecerá uma intensa onda de calor. Porém, não se descartam pancadas de chuva, tempestades acompanhadas de raios e rajadas de vento, em função do aquecimento diurno”.

Em razão dos fenômenos mencionados, Mato Grosso do Sul poderá registrar as maiores temperaturas do ano ainda esta semana. 

“O destaque da previsão do tempo para a semana é a elevação das temperaturas, com valores que podem ficar entre 40ºC e 43°C. Aliado à previsão de altas temperaturas, espera-se baixos valores de umidade relativa do ar, entre 10% e 20%”.

Além disso, também estão previstas temperaturas mínimas entre 20ºC e 24°C e máximas que podem atingir os 39°C nas regiões sul e leste do Estado. Para as regiões norte, pantaneira, Bolsão e sudoeste, temperaturas mínimas entre 23ºC e 27°C e máximas de até 43°C. 

Em Campo Grande, a mínima ficará entre 23º e 24°C e a máxima será de até 37°C. Os ventos atuam de leste/nordeste com velocidades entre 40 km/h e 60 km/h. Pontualmente, podem ocorrer rajadas de vento acima de 60 km/h.

Maracaju deve registrar as prováveis tempertaruras nos próximos dias:

Quarta-feira: 36°C

Quinta-feira: 38°C

Sexta-feira: 39°C

Sábado: 40°C

Domingo: 41°C

De acordo com a previsão, a quarta-feira será de dia claro, em Maracaju. Máxima de 36°C. Ventos NE de 10 a 15 km/h. A noite com mínima de 22°C. Ventos E e variáveis. A umidade relativa do ar estará entre 43% e 68%.

PERIGO

De acordo com a endocrinologista Lara Cristina Leite, longos períodos de exposição aos raios solares nos períodos mais quentes podem prejudicar fortemente o organismo, podendo possivelmente causar mortes. 

“O mecanismo interno de controle da temperatura corporal será afetado e vai causar a insolação. Os principais sintomas são febre alta, tontura, queimaduras de pele, perda de consciência, taquicardia, vômitos e dificuldade para respirar”.

Outros riscos destacados pela médica são as situações prolongadas de exposição ao calor que fazem o corpo perder líquidos e sais minerais importantes, causando desidratação. Entre os principais sintomas estão fraqueza, mal-estar, ressecamento dos olhos e da boca e longos períodos sem urinar.

Os fatores de risco que podem ser intensificados em função das temperaturas altas, como as que serão sentidas ao longo desta semana, são: problemas respiratórios, como rinite, sinusite e crises de asma; problemas de pele, como as micoses; e problemas de pressão arterial, podendo provocar queda de pressão ou elevar a pressão e a frequência cardíaca. 

A médica endocrinologista Aneliza Zanette explica que a desidratação é causada pela falta de água e diversos sais no organismo, que podem causar prejuízos à saúde e até a morte. Ela destaca que é de extrema importância estar atento aos sintomas.

“Inicialmente, a desidratação provoca dores de cabeça, cansaço, fadiga, boca, mucosas e axilas secas, diminuição do raciocínio, urina concentrada e em pouca quantidade. Dependendo da gravidade dos sintomas, a desidratação pode ser classificada como leve, moderada ou grave”.

Aneliza afirma que há alguns grupos que são considerados de risco nessas condições de calor e precisam de cuidado redobrado, que são as “crianças menores de 2 anos, gestantes e lactantes, idosos e portadores de doenças crônicas como hipertensão arterial e diabetes mellitus”. 

A médica Lara Cristina Leite ainda acrescenta as pessoas com cardiopatias, hipertensas e que têm doenças respiratórias. 

CUIDADOS

Para os dias com temperaturas mais elevadas, alguns cuidados com a saúde precisam ser tomados para manter o funcionamento normal do organismo.

“O calor promete nesta semana, e a água é uma aliada essencial para esses dias quentes. A água é uma das substâncias mais importantes para o funcionamento do nosso organismo. É ela a responsável por processos que nos possibilitam sobreviver, como a regulação de temperatura e a eliminação de substâncias”, alerta Aneliza Zanette.

As especialistas sugerem cuidados como beber pelo menos dois litros de água diariamente, aumentando a quantidade, caso realize atividades físicas ou esteja enfrentando um grande calor, não praticar exercícios físicos em momentos em que a temperatura do ambiente está elevada e tratar casos de febres, diarréias ou vômitos.

Outros cuidados são: evitar tomar sol entre as 10h e as 16h; evitar o consumo de bebidas alcoólicas; evitar a exposição prolongada ao sol; usar protetor solar com fator de proteção adequado; consumir frutas com muita água, como melão e melancia; e não usar roupas sintéticas, dando preferência a tecidos leves.

“Para esses dias com temperaturas elevadas alguns cuidados com a saúde precisam ser tomados, pois ficamos mais propensos à perda de água pelo nosso corpo pelo suor excessivo, fezes, urina e até pela respiração. Por isso é tão importante a ingestão constante de água, para se manter hidratado e evitar a perda excessiva pelo corpo e não levar ao que chamamos de desidratação”, alerta a endocrinologista Aneliza Zanette.

Ana Karla Flores/CooeioDoEstado










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