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Mato Grosso do Sul tem 1,7 mil moradores de rua inscritos para programas sociais

Estudo do Ministério do Desenvolvimento mapeia população que vive em situação de rua para nortear políticas públicas

Publicada em 15/09/2023 às 16:51h

por Redação


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Mato Grosso do Sul tem 1,7 mil moradores de rua inscritos para programas sociais
Estudo mapeia população em situação de rua inscritos no CadÚnico  (Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado)

Até o fim de 2022, 1.717 pessoas viviam em situação de rua em Mato Grosso do Sul, segundo dados do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania divulgados nesta sexta-feira.

Os números constam no relatório "População em situação de rua: diagnóstico com base nos dados e informações disponíveis em registro administrativo e sistemas do governo federal", que traz informações referentes a essa população disponíveis nos cadastros nacionais. 

Ou seja, são contabilizados apenas as pessoas sem moradia que estão inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (Cadastro Único). Desta forma, o número exato de pessoas em situação de rua pode ser bem maior, considerando que grande parte da população não está cadastrada.

De acordo com o relatório, as 1.717 pessoas em situação de rua correspondem a 0,06% da população total do Estado, que é de 2.756.700, segundo os dados usados no estudo.

Em todo o Brasil, dos 203.062.512 habitantes, 236.400 viviam nas ruas em 2022.

O documento atende pontos de decisão liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) que recomenda a elaboração de um diagnóstico da população em situação de rua, convergindo nas diversas atividades a serem desenvolvidas dentro da Política Nacional para a População em Situação de Rua.

A Política Nacional para População em Situação de Rua determinou a implantação de centros de referência especializados para o atendimento a esse segmento no âmbito da política de assistência social, o Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop).

A pasta contabiliza atualmente 246 Centros Pop em todo o País, totalizando mais de 578 mil atendimentos. No Mato Grosso d Sul há cinco unidades do tipo, que realizaram 7.566 atendimento no ano passado.

Nos Centros Pop são desenvolvidas ações de assistência social, dos órgãos de defesa de direitos e das demais políticas públicas - saúde, educação, previdência social, trabalho e renda, moradia, cultura, esporte, lazer e segurança alimentar e nutricional.

Os serviços são voltados ao atendimento de jovens, adultos, idosos e famílias que utilizam as ruas como espaço de moradia e/ou sobrevivência, e são ofertados por demanda espontânea ou por encaminhamentos do Serviço Especializado em Abordagem Social.

Há ainda equipes de Consultório na Rua (eCR), que são multiprofissionais e lidam com os diferentes problemas e necessidades de saúde da população em situação de rua, desempenhando atividades in loco, de forma itinerante.

No Estado, haviam quatro equipes no ano de referência, que realizaram 14.949 atendimentos.

Perfil 

O diagnóstico aponta apenas um pergil nacional, sem dados regionalizados.

Conforme o relatório, o perfil dessa população de rua é majoritariamente composto por homens (87%), adultos (55%) e negros (68%). 

Em relação às violações de direitos humanos, o estudo revela que homens negros e jovens correspondem às principais vítimas desse tipo de violência. Pessoas pardas (55%) e pretas (14%) somam 69% das vítimas, e a faixa etária mais atingida é de 20 a 29 anos (26%), seguida dos 30 a 39 anos (25%).

Quanto ao tipo de violência, 88% das notificações em 2022 envolviam violência física, sendo a violência psicológica a segunda mais frequente (14%). 

Entre as conclusões, o relatório mostra que a articulação interministerial para a construção de políticas públicas para pessoas em situação de rua deve envolver as pastas do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; do Trabalho e Emprego; da Educação; da Saúde; da Justiça e Segurança Pública; e das Cidades. 

Além disso, o documento classifica como primordial fortalecer a atuação dos centros de Referência de Assistência Social (Cras) e de outros equipamentos, serviços, programas e projetos de assistência social básica, visando a prevenir situações de vulnerabilidade e risco e fortalecer vínculos familiares e comunitários. 

Denúncias  

O Disque 100, vinculado à Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, funciona 24 horas por dia, sete dias da semana e registra denúncias de violações, além de disseminar informações e orientações sobre a política de direitos humanos.

Denúncias também podem ser feitas por meio do WhatsApp (61) 99611-0100, de videochamada em Língua Brasileira de Sinais (Libras) e pela Ouvidoria. 

Glaucea Vaccari com AgênciaBrasil/CorreioDoEstado










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