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Aprovação de cognome 'Estado do Pantanal' reabre discussão sobre mudança de nome de MS

Deputados afirmam que titulação ajuda a divulgar o Pantanal, mas só alteração no nome trará identidade ao Estado

Publicada em 13/09/2023 às 16:14h

por Redação


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Aprovação de cognome 'Estado do Pantanal' reabre discussão sobre mudança de nome de MS
Mudança de nome de Mato Grosso do Sul voltou a ser debatida na Assembleia  (Foto: Valdenir Rezende / Arquivo)

Os deputados estaduais aprovaram, em primeira discussão e votação, projeto de lei que dá ao Mato Grosso do Sul o cognome de Estado do Pantanal. A titulação é um complemento ao nome, e não uma alteração.

Durante a votação, na sessão desta quarta-feira (13), a proposta foi aprovada por 19 votos favoráveis e um contrário, mas foi reaceso o debate sobre uma possível mudança no nome de Mato Grosso do Sul para Pantanal.

A discussão já é antiga e motivada pela frequência confusão de nomes de pessoas de fora, que chamam o estado de Mato Grosso.

Autor da proposta do cognome, Junior Mochi (MDB) explicou que o texto prevê apenas o acréscimo, sendo Mato Grosso do Sul - Estado do Pantanal, como forma de divulgar o bioma e fazer MS ser reconhecido como o estado do Pantanal.

"Nós temos dois terços desse bioma, o Pantanal é nosso, o objetivo não é alterar o nome do Estado, é linkar, é utilizar o Pantanal como uma grife poderosa no sentido da atração de turista, da preservação, da questão ambiental, cultural, da preservação das tradições do homem pantaneiro", explicou.

No entanto, os demais deputados disseram que o cognome é o primeiro passo, mas que o debate deve ser ampliado.

Na declaração de voto, a deputada Gleice Jane (PT) disse que é necessário pensar em mudar o nome do Estado, pois trará "um ganho politico, de identidade cultural e de divulgação do estado para o brasil e internacionalmente".

Londes Machado (PP) afirmou que já o uso de Pantanal como um complemento já foi usado por Zeca do PT quando ele foi governador, mas "não pegou". "Precisa de uma campanha em favor de Mato Grosso do Sul, em primeiro lugar, para não ter esses vexames de chegar autoridade falando Mato Grosso", disse.

Lucas de Lima (PDT) também se manifestou favorável a ampliar o debate. "A gente tem que trazer essa discussão para trazer o nome do Pantanal como nome do estado".

Neno Razuk (PL) foi o único a votar contra o cognome e também se manifestou contrário a alteração de nome do Estado. "Tenho muito orgulho de ser sul-mato-grossense, eu não sou pantaneiro, preferia mudar o nome do João César Mattogrosso para Mato Grosso do Sul do que mudar o nome do Estado", comentou, fazendo trocadilho com o nome do deputado do PSDB.

Paulo Corrêa (PSDB) disse que o assunto de mudança de nome é sério e merece uma discussão ampla, mas também fez trocadilho com o nome do deputado. "Cognome é igual a cidade do Rio de Janeiro, que é cidade maravilhosa, estamos votando 'Estado de Mato Grosso do Sul – o Estado do Pantanal', e na esteira do que disse Neno, eu faria diferente, mudaria para João César Pantanal".

Pedro Kemp (PT) disse que já passou da hora de se discutir a mudança de nome do Estado. "Ou a gente faz isso agora ou a vida inteira vamos ser chamados de Mato Grosso pelas autoridades de outros estados que insistem em chamar esse estado de Mato Grosso", opinou.

"Só para lembrar que se for mudado o nome, nós não seremos chamados de pantaneiros, nós seremos chamados de pantanenses, então pantaneiro é quem nasce na área do pantanal e no estado será chamado de pantanense, e a sigla não será PT, alguns já começam campanha contrária com esse medo, eu acharia interessante, mas vai ser PN. Mato Grosso do Sul vai ganhar muito se conhecido como Estado do Pantanal, essa riqueza maravilhosa que temos e temos que preservá-la", acrescentou Kemp.

Rinaldo Modesto (Podemos) também endossou a mudança, dizendo que está no quinto mandato e desde o primeiro se fala sobre o tema, sem de fato chegar a uma alteração e criticou pessoas que erram o nome.

"As pessoas de idade, acima de 70 anos, é até justificavel, mas é inadimissivel jovens, nosso estado tem 45 anos e chamar de Mato Grosso. Com todo respeito aos mato-grossenses, se dependesse de mim a gente trabalharia na perspectiva de mudar o nome, a gente tem muito a ganhar em todos os sentidos", disse.

Renato Câmara (MDB) disse que é necessário primeiro divulgar Mato Grosso do Sul como estado do Pantanal e investir em turismo, o que ele acredita que será possível com a titulação.

"Acho que é o primeiro passo de uma sensibilização, o Pantanal é conhecido mundialmente, mas existe várias nuances nesse tema, temos que investir, esse é o ponto do porque Mato Grosso se destaca mais, então vamos investir em turismo e divulgação e esse projeto abre a possibilidade de usar e divulgar o Pantanal atrelado ao nome do nosso Mato Grosso do Sul".

Zé Teixeira (PSDB) se manifestou contrário a mudança do nome do estado, afirmando que a maior parte do bioma está no Mato Grosso do Sul, o que já faz dele o estado do Pantanal e disse que se mudar o nome, não irá pegar, mas também sugeriu outros possíveis nomes.

"É uma coisa que já existe o Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul, o erro foi não colocar Mato Grosso do Norte. Agora não vai pegar, o Pantanal já está aqui, falta divulgação, podia por estado de Bonito que tem uma baita riqueza, estado do Bioparque. Em consideração ao Junior Mochi eu vou votar sim, mas não vai pegar", declarou.

Por fim, Zeca do PT disse que o tema merece um debate mais aprofundado, levando em conta a historiografia. "Essa Casa tem que assumir o desafio de propor um grande debate, depois um plebisctito apresentando propostas alternativas que não seja o Pantanal, para que a gente possa, 45 anos depois, buscar a nossa identidade", concluiu.

Glaucea Vaccari/CorreioDoEstado










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