Mato Grosso do Sul registrou em agosto um "boom" no Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta terça-feira (12), com o patamar de 0,01 anotado em julho, saltando para a maior taxa em todo o País, de 2,37%.
Nacionalmente, o Índice da construção caiu 0,05 ponto percentual em agosto, indo de 0,23% para o atual patamar de 0,18%. Conforme o IBGE, o acumulado em 12 meses também teve queda, de 3,52% (dos 12 imediatamente anteriores) para 3,11%.
Entre as Unidades da Federação, ficaram com índices negativos os Estados de:
Enquanto o custo médio nacional da construção civil, por metro quadrado, fechou agosto em R$ 1.713,52, MS pratica preço abaixo (R$ 1.701,79), ainda que o valor para a região Centro-Oeste (R$ 1.741,72) fique acima da média brasileira.
Cabe ressaltar que esse índice está acima de qualquer marca registrada por Mato Grosso do Sul neste ano, sendo que a variação mais alta, nos últimos 12 meses, foi registrada justamente em setembro de 2022, quando a taxa era de 0,35%.
Gustavo Shiota é arquiteto e vice-presidente da Associação dos Construtores de Mato Grosso do Sul (Acomasul), e confirma que essa alta é impulsionada pela expectativa depositada no futuro da Rota Bioceânica e demais empreendimentos.
"Temos recebido muitos recursos e empresários de fora do Estado, clientes de Pernambuco; Goiânia; Uberlândia e Curitiba, por exemplo, que trazendo investimento para Campo Grande, investindo em imóveis residenciais, principalmente, imóveis de comerciais eventualmente, para todas as faixas de renda, então, loteamentos de alto padrão a projetos de cunho social", diz ele.
Para além das expectativas na Rota Bioceânica, prevendo um retorno pela demanda a longo prazo, ele cita também investimentos imediatos que acontecem há algum tempo, como, por exemplo, as indústrias de celulose, inclusive próximas da Capital, que geram alta demanda por mão de obra.
Leo Ribeiro/CorreioDoEstado