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Vacinação contra meningite tem público-alvo ampliado em Mato Grosso do Sul

Poderão receber o imunizante adolescentes entre 11 e 18 anos, profissionais da saúde e pessoas que vivem com HIV-Aids

Publicada em 28/06/2023 às 21:30h

por Redação


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Vacinação contra meningite tem público-alvo ampliado em Mato Grosso do Sul
Mato Grosso do Sul registrou 40 casos suspeitos e nove mortes por meningite no Estado  (Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado)

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) divulgou nesta quarta-feira (28) através do Diário Oficial a ampliação do público-alvo para receber a vacina meningocócica ACWY (conjugada). No entanto, conforme consta na resolução, a medida é temporária e será válida até o dia 31 de julho em todo o território sul-mato-grossense.

Com objetivo de dar maior proteção à população e disponibilidade da vacina, poderão tomar o imunizante adolescentes na faixa etária de 11 a 18 anos de idade, que não foram vacinados ou com cinco anos ou mais da última dose da vacina.

Outros públicos autorizados a receber o imunizante são profissionais da saúde não vacinados com a vacina Meningo ACWY, e dose de reforço para adolescente e adultos que vivem com HIV-Aids, com cinco anos ou mais da última dose recebida de vacina meningocócica Conjugada, seguindo recomendações do CRIE.

Ao Correio do Estado, a SES informou que a ampliação da vacinação contra a meningite ocorre de forma temporária para “oportunizar o acesso de pessoas que não estão contempladas pelo Programa Nacional de Imunização (PND)”.

Permanece a recomendação do Calendário Nacional de Vacinação para a administração de uma dose da vacina Meningocócica ACWY em adolescentes na faixa etária de 11 a 14 anos de idade.

Além disso, o atendimento do público-alvo da ampliação temporária da vacina Meningocócica ACWY não poderá impactar no esquema de vacinação de rotina. Resolução já está em vigor e foi assinada pelo Secretário de Estado de Saúde.

Casos

De acordo com a Sesau, Campo Grande já teve 28 casos da doença só neste ano e a vacinação fechou abaixo do recomendado no ano passado. Em 2022, 105 casos foram registrados pela secretaria. Em Mato Grosso do Sul, a SES informou que foram registrados 40 casos confirmados e nove mortes por meningite em 2023.

Em junho deste ano, um menino de 7 anos de idade morreu em Campo Grande sob suspeita de meningite. Na época, a Secretaria Municipal de Saúde  confirmou resultado positivo para influenza B, mas aguardava o resultado do exame para meningite.

A superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Veruska Lahdo, reforçou que há uma preocupação a respeito da doença. “As baixas coberturas vacinais preocupam porque há maior risco de complicações, internações e até óbitos por doenças imunopreveníveis, que são as doenças que temos vacina e proteção, e a população está deixando de aderir”, relatou Veruska. 

Meningite

De acordo com o Ministério da Saúde, a meningite é considerada uma doença endêmica. Casos da doença são esperados ao longo de todo o ano, com a ocorrência de surtos e epidemias ocasionais. No entanto, a ocorrência das meningites bacterianas é mais comum no outono-inverno e das virais na primavera-verão.

Ao Correio do Estado, o médico pediatra Alberto Costa relatou que a infecção por meningite normalmente ocorre pela aspiração da bactéria no ar. O médico alertou que a meningite pode ser viral, fúngica ou até mesmo ser causada por protozoários. 

“Essas meningites podem ser ocasionadas por alguém que esteja contaminado que esteja falando próximo, por espirro, por tosse, por beijo, e aí a pessoa já contrai o vírus, a bactéria ou o fungo e pode desenvolver a doença”, explicou. 

Os sintomas da meningite são variáveis, principalmente de acordo com a idade. Alberto Costa comenta que irritabilidade e febre constante são sinais de alerta em crianças menores. Em pessoas maiores, geralmente há vômito, rigidez de nuca e dor de cabeça. 

“A meningite é uma doença que tem riscos, principalmente por ser uma doença infectocontagiosa normalmente grave e com a possibilidade de causar sequelas e, às vezes, óbitos. Entre essas sequelas estão alterações motoras, alterações de fala, alterações mentais e assim por diante”, disse o pediatra.

Patrick Rosel/CorreioDoEstado










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