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Hospitais de Mato Grosso do Sul cancelam 18 residências médicas por inatividade

Mudança administrativa na Santa Casa de Campo Grande resultou em 13 programas de especialidade médica cancelados

Publicada em 27/06/2023 às 15:01h

por Redação


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Hospitais de Mato Grosso do Sul cancelam 18 residências médicas por inatividade
A Santa Casa de Campo Grande tem a maior quantidade de residências médicas canceladas em MS  (Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado)

O Ministério da Educação, por meio do Diário Oficial da União (DOU), anunciou que18 programas de treinamento intensivo para médicos especialistas tiveram suas atividades encerradas em hospitais de Mato Grosso do Sul.

Conforme publicação da Pasta neste mês, diversas residências médicas em todo o País foram canceladas, considerando um período inativo maior que dois anos.

Com relação aos programas que tiveram suas atividades encerradas no Estado, 13 deles são da Santa Casa de Campo Grande e outros dois do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap-UFMS). Os demais cancelamentos ocorreram na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS) e na Universidade Cesumar (Unicesumar).

Segundo o documento, as especialidades de anestesiologia, angiorradiologia, cirurgia endovascular, cardiologia, cirurgia plástica, cirurgia vascular, clínica médica, nefrologia, neonatologia, neurocirurgia, oftalmologia, pediatria e urologia não teriam mais oferta de residência médica na Santa Casa de Campo Grande.

A instituição referida pelo DOU, cujos setores elencados tinham médicos atuando na residência, se tratava da Fundação Centro de Estudos Dr. William Maksoud.

Até então executora dos diversos programas de residência médica que a Santa Casa mantêm, o Centro de Estudos Dr. William Maksoud era responsável por publicar a abertura de inscrições ao concurso público de seleção para o preenchimento de vagas voltadas às especialidades oferecidas pela Santa Casa.

Segundo a assessoria do hospital, esses programas se tornaram inativos com o fim da fundação. Com isso, a administração de todas as residências passou a ser feita exclusivamente pela instituição hospitalar.

“Em 2019, a Fundação Centro de Estudos Dr. William Maksoud encerrou suas atividades. A partir de então, a Associação Beneficente Santa Casa de Campo Grande [ABCG] assumiu esses programas. Foram criados novos programas de residência com a chancela da associação”, informou a Santa Casa.

Conforme apurado pelo Correio do Estado, algumas residências médicas permaneceram em atividade no hospital mesmo após a mudança de gestão, como clínica médica, urologia, cirurgia vascular e cirurgia plástica.

A equipe de reportagem também entrou em contato com o Hospital Universitário, já que no DOU constavam duas residências médicas inativadas na institução, sendo os programas em infectologia hospitalar e em oncologia cirúrgica.

De acordo com a assessoria do Humap-UFMS, os dois programas de residência médica mencionados já foram descredenciados e inativados entre 2002 e 2015.

“Não há mais esses dois programas porque o hospital deixou de ser uma referência nessas áreas. Para que uma instituição oferte um programa de residência, é necessário que ela atenda mais de 70% dos campos de prática”, informou. Atualmente, o Hospital Universitário mantém 24 serviços de residência.

Os programas de residência médica oferecidos pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), instituição formadora, e pelo Humap-UFMS, instituição executora do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, são coordenados pedagógica e administrativamente pela Comissão de Residência Médica (Coreme), a qual, por sua vez, é vinculada à Gerência de Ensino e Pesquisa do Humap-UFMS, subordinada à Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UFMS.

BAIXA DEMANDA

Já a única instituição do interior do Estado que foi informada pelo DOU com setores de residência que sofreram inatividade é a Universidade Federal da Grande Dourados.

Até então, a UFGD mantinha uma residência médica na área de medicina da família, porém, conforme a instituição, a falta de interessados levou ao fechamento do programa nessa especialidade.

“O programa de residência médica em medicina da família e comunidade ofertado pela UFGD, por meio do Hospital Universitário da Grande Dourados [HU-UFGD], já não vinha tendo inscrições de candidatos há alguns anos. O último ingressante registrado foi em 2016, o qual concluiu o curso em 2018. Desde então, não houve candidatos interessados nessa formação. A desativação em questão, portanto, se deve à inexistência de estudantes”, declarou a universidade em nota.

Judson Marinho/CorreioDoEstado










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