Anúncio divulgado pela empresa Nohall Engenharia e Comunicação Visual, foi duramente criticado logo depois de informar via redes sociais ter aberto uma vaga para "auxiliar de serviços de comunicação visual", desde que o interessado no trabalho não fosse indígena.
A proposta foi comunicada por redes sociais, em Amambai, cidade situada na área de fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai. Vivem na região em torno de 15 mil índigenas.
"Oportunidade de emprego. 1 vaga para auxiliar de auxiliar de serviços de comunicação visual. vaga para homem maior de idade, dispenso indígenas para essa vaga. Trabalho em altura", informou a proposta de emprego pela Nohall Engenharia".
O prefeito de Amambai, Edinaldo Luiz de Melo Bandeira, do PSDB, foi um dos primeiro a repudiar a exclusão dos indígenas no anúncio. "A exclusão dos indígenas de uma vaga de emprego é um retrocesso inaceitável.
Em pleno século XXI, com a plena evolução da atual sociedade, não toleramos este tipo de comportamento discriminatório, que fere os princípios constitucionais de igualdade e respeito à diversidade", disse ele pelo Instagram.
A população de Amambai é de aproximadamente 35 mil habitantes, 15 mil dos quais indígenas.
A subsecretaria de Políticas Públicas para os Povos Originários de MS também renegou a atitude da empresa:
"O procedimento adotado pela empresa deverá ser revisto sob pena de enfrentar medidas judiciais a serem interpostas pelo Ministério Público Federal".
Já a empresa em questão, depois de notar o eco negativo de seu anúncio assim se expressou por meio de nota:
"Esta empresa não compactua com racismo e pede suas sinceras desculpas a todo povo indígena pelo equívoco cometido por essa empresa".
Celso Bejarano/CorreioDoEstado
