O número de jovens de 15 a 29 anos que estudam e trabalham em Mato Grosso do Sul aumentou nos últimos anos. Em 2019, eram 105 mil pessoas nessa faixa etária, e em 2022, o número subiu para 109 mil. Os dados foram divulgados hoje (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
Com uma porcentagem de 17,2% da população jovem estudando e trabalhando, o estado ocupa a 9ª posição entre as unidades federativas. Santa Catarina lidera o ranking, com 22,5%, seguida pelo Distrito Federal, com 21,5%. O menor percentual foi registrado no Acre, com 9,4%.
No que diz respeito aos jovens ocupados, mas que não estão estudando, o número era de 286 mil em 2019, reduzindo para 277 mil em 2022. Já entre aqueles que frequentavam a escola, mas não estavam trabalhando, os números foram de 146 mil em 2019 e 143 mil em 2022.
Uma queda mais expressiva foi observada entre os jovens que não estavam ocupados e nem estudando, os famosos 'nem-nem'. Em 2019, esse grupo contava com 124 mil pessoas, e em 2022, o número diminuiu para 101 mil.
Média de estudos - No Brasil, a média de anos de estudo das pessoas com 25 anos ou mais de idade, em 2022, foi de 9,9 anos. Já em MS, esse número superou a média nacional, alcançando 10,1 anos. Entre as mulheres do estado, a média de anos de estudo foi ainda maior, atingindo 10,4 anos, enquanto entre os homens foi de 9,8 anos.
No entanto, quando analisamos a questão da cor ou raça, fica evidente a presença de desigualdades. Em MS, a diferença entre os grupos é significativa: as pessoas de cor branca registraram uma média de 11 anos de estudo, enquanto as pessoas de cor preta ou parda apresentaram uma média de 9,4 anos, ou seja, uma diferença de 1,7 anos entre esses grupos.
Educação básica - No Estado a proporção de pessoas com 25 anos ou mais de idade que concluíram a educação básica obrigatória, ou seja, pelo menos o ensino médio, continuou em crescimento, atingindo 53,3% em 2022.
Dentre aqueles que não completaram a educação básica, 4,8% não possuíam qualquer instrução, 28,8% tinham o ensino fundamental incompleto, 7,6% haviam concluído o ensino fundamental e 5,4% possuíam o ensino médio incompleto. Embora o número de pessoas sem instrução tenha apresentado uma queda de 11,7% em relação a 2016 (passando de 94 mil para 83 mil), houve um aumento de 10,6% em comparação a 2019 (quando eram 75 mil pessoas nessa situação).
Carlos Ferreira/ACritica
