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Maior matriz renovável de MS, geração a partir de biomassa segue em expansão

Setor industrial acompanha agropecuária no desenvolvimento de energia limpa a partir de biomassa em Mato Grosso do Sul

Publicada em 03/05/2023 às 10:08h

por Redação


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Resíduos agroindustriais são os principais utilizados para produção energética, mas a biomassa do tipo floresta vem logo na sequência  (Foto: Arquivo/Correio do Estado)

Além dos projetos do setor do agronegócio que utilizam matéria orgânica na produção de energia limpa e renovável, a indústria também acompanha essa expansão da geração energética a partir de biomassa em Mato Grosso do Sul.

Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mostram que, entre as matrizes renováveis, a energia gerada a partir de biomassas é a principal no Estado, com 66,72% dos empreendimentos de geração de energia tendo a biomassa como origem. 

Os resíduos agroindustriais são os principais utilizados, mas a biomassa do tipo floresta vem logo na sequência. Esse tipo inclui resíduos florestais ou lenha, normalmente vindos das indústrias de celulose. 

Além da própria produção de energia a partir de biomassa, a indústria acompanha a expansão com a participação em pesquisas de viabilidade para outros setores. 

De acordo com reportagem do Correio do Estado, uma fazenda de suinocultura em Brasilândia é a primeira do País a implementar um sistema completo de produção de biometano, inclusive com o primeiro trator movido a biometano a ser comercializado no Brasil. 

Porém, a realidade é que ainda há muito desperdício na produção do biogás em biodigestores da cadeia produtiva do setor, conforme o engenheiro eletricista e consultor em energias renováveis do Senai Sebastião Dussel. 

“A suinocultura é uma atividade importante para a economia de Mato Grosso do Sul, mas, apesar disso, ainda há muito desperdício na produção de biogás nos biodigestores da cadeia produtiva do setor”, comentou.

O gestor de suinocultura da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Rômulo Gouveia, também afirmou que a energia renovável a partir do biogás está em expansão no Estado. 

“Na produção de energia para as propriedades, temos bastante granjas que aproveitam o gás para produção de energia. Com essa primeira propriedade que vemos com o biometano gerando o maquinário, percebemos que o potencial é muito grande”, opinou. 

Segundo a Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), são realizados estudos para potencializar o uso do biogás no Estado. 

“Para mudar essa realidade, o Senai Empresa está realizando estudos para demonstrar a viabilidade econômica do investimento em projetos elétricos que permitam a utilização eficiente do biogás como fonte de energia renovável”, garantiu Dussel. 

Especificamente com o biometano, a Sebigás Cótica, empresa responsável pela parte dos biodigestores em Brasilândia, identificou mais de 360 tipos de resíduos que podem gerar biometano, lixo orgânico, resíduos de abatedouros, lodos de efluentes, culturas energéticas, como aveia, trigo e milho, ou até mesmo a codigestão entre uma ou mais biomassas. 

De acordo com a empresa, além das usinas de etanol, usinas de produção de açúcares também têm potencial ótimo para produção de biogás. 

INDÚSTRIAS

Em Mato Grosso do Sul, a Eldorado Brasil Celulose possui mais de 260 mil hectares de florestas plantadas, que são destinadas à produção de 1,8 milhão de toneladas de celulose por ano e de biomassa para fins de geração de energia limpa. 

Conforme Carlos Monteiro, diretor técnico industrial da Eldorado, a empresa gera 220 megawatts por hora de energia limpa e renovável a partir de biomassa de resíduo de eucalipto. “Essa geração torna a empresa mais do que autossuficiente em geração de energia elétrica, com excedente de até 50 megawatts hora, que é comercializado no mercado”, detalhou. 

A Eldorado ainda é proprietária da usina termelétrica Onça Pintada, que utiliza biomassa feita de madeira de eucaliptos não aproveitados para a produção de celulose. 

“A capacidade instalada é de 50 megawatts, energia suficiente para o consumo de uma cidade de até 700 mil habitantes. Acreditamos que essa eficiência colabora com a matriz energética brasileira, com uma geração limpa, renovável e sustentável”, acrescentou. 

A Suzano, que está com a construção de sua maior unidade no município de Ribas do Rio Pardo, também terá uma produção de energia que tornará a nova fábrica autossuficiente. Dados da empresa garantem que a potência instalada estimada será de 466 MW médios, com um excedente potencial que pode chegar a 180 MW médios, uma quantidade suficiente para abastecer uma cidade de 2,3 milhões de habitantes. 

O processo de produção de energia elétrica na nova fábrica será com produção de valor nas caldeiras de força e com recuperação química, alimentando três turbinas acopladas aos seus geradores de energia elétrica. 

Na Suzano, a energia vem da biomassa do tipo licor preto e das cascas de árvores de eucalipto. Com a queima do licor e das cascas é gerado o vapor que aciona as turbinas e os geradores de produção da energia limpa e renovável.

A fábrica da Suzano em Ribas ainda será a primeira a utilizar um biogás proveniente do processo de gaseificação da madeira como fonte principal de combustível para os fornos de cal, e a primeira livre de combustíveis fósseis. 

Esse gás é gerado a partir de um processo de secagem e de gaseificação da madeira e das cascas de eucalipto, e é uma alternativa a combustíveis fósseis como gás natural ou óleo combustível. 

SAIBA

No Brasil, as fontes de energia renovável representam a maior parte da geração de energia. Dados da Aneel mostram que 83,55% das matrizes do País são de fontes renováveis. A energia hídrica lidera, representando 57,24% de toda a potência instalada. 

 

A energia eólica tem 13,23% do total, e as matrizes de energia a partir de biomassas representam 8,63% da potência de produção 
do País. 

Bárbara Cavalcanti/CorreioDoEstado










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