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Com tráfego intenso, recapeamento na Rota Bioceânica não vence os buracos

Em média, 150 veículos trafegam pela BR-267 diariamente em direção a Porto Murtinho com cargas de exportação

Publicada em 18/04/2023 às 11:34h

por Redação


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Com tráfego intenso, recapeamento na Rota Bioceânica não vence os buracos
Após reclamações sobre a situação da BR-267, a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística dá preferência aos reparos na rodovia  (Foto: Silvio Andrade)

Com projetos de engenharia em andamento pelo governo federal para duplicação e implantação do acesso à ponte internacional sobre o Rio Paraguai, em construção pela Itaipu Binacional, a BR-267 não condiz com a infraestrutura logística que a Rota Bioceânica exigirá para que o transporte das commodities em direção ao Oceano Pacífico seja rápido e seguro. A rodovia está intransitável nos 220 km entre Jardim e Porto Murtinho. 

Uma empresa contratada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) está recapeando os trechos mais críticos, porém o serviço está lento, prejudicado também pelas chuvas, e o que já foi executado está se deteriorando, com o asfalto se esfarelando. 

A situação se agrava com o intenso tráfego de caminhões, em média, são 150 veículos por dia, com carga de soja em direção ao Porto da FV Cereais, que estima triplicar as exportações este ano. 

O secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Hélio Peluffo, informou ao Correio do Estado que vai pedir preferência para os reparos na rodovia, já que outras pessoas também o procuraram para tratar sobre o assunto. 

Grandes valetas e buracos ainda superficiais se estendem por todo o trecho, exigindo muita atenção dos motoristas em uma rodovia sem acostamento. Ao desviar dos buracos, as caretas transitam na contramão, aumentando os riscos de acidentes. 

Segundo os caminhoneiros, não há outra opção de manobra, caso contrário, um pneu estourado ou um dano mecânico podem ocasionar o descontrole do veículo. “É uma viagem de risco”, aponta um motorista. 

O serviço de recapeamento foi retomado em alguns pontos, na semana passada, porém os danos no pavimento aumentam a cada dia, assim como os acidentes. Os caminhoneiros reclamam também dos prejuízos com o atraso da viagem em até uma hora. 

Na entrada de Porto Murtinho, mais problemas: o asfalto do contorno rodoviário, que liga a BR-267 ao porto, também está se deteriorando em alguns trechos; outros já foram recuperados. 

Hélio Peluffo comenta ainda que o governo do Estado não tem autonomia para tomar decisões e realizar intervenções na rodovia, mas que existe uma iniciativa do governo federal para privatizar a BR-262 e a BR-267, o que abrangeria o trecho problemático da Rota Bioceânica. No entanto, o secretário alega que nenhum projeto foi apresentado até o momento. 

O Dnit informou que a rodovia possui dois contratos de manutenção e conservação vigentes, para garantir a trafegabilidade do trecho. 

“O departamento esclarece ainda que também já licitou as obras do lote 4, referente aos serviços de restauração da rodovia, para a viabilização da Rota Bioceânica”, consta em nota.

“A empresa contratada está elaborando o projeto executivo, que, depois de aprovado pelo Dnit, será executado com a realização de serviços de implantação de acostamentos, com aumento da plataforma do pavimento, melhorias nas interseções, além de implantação de faixas adicionais de ultrapassagem ao longo do segmento”, completou o órgão. 

TRECHO AUXILIAR

Outra rodovia que deve fazer parte da Rota Bioceânica, com projetos de trechos auxiliares, é a BR-487, que liga Mato Grosso do Sul ao Paraná. Porém, a via também possui locais em que a situação dos buracos é bem precária, especialmente em Itaquiraí, onde há crateras no asfalto e a estrada não conta com sinalização adequada. 

A maior parte da rodovia fica no Paraná (80%), e ela foi recapeada há dois anos. O lado sul-mato-grossense da BR-487 não passou por esses reparos, ficando fora da lista de estradas que teriam prioridades para obras em MS, divulgada pelo Ministério dos Transportes em 2021. 

Por sua ligação com a BR-163 e a BR-267, em direção a Porto Murtinho, a rodovia faz parte da Rota Bioceânica. A BR-487 ainda cruza os portos Caiuá, em Naviraí, e Figueira, em Itaquiraí. 

Em 2021, quando houve o recapeamento da rodovia no lado paranaense, o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Júnior, afirmou que o asfalto na BR era importante para o escoamento da produção. Após dois anos de obras, o lado sul-mato-grossense dificulta o trânsito de grandes carretas que transportam os produtos produzidos em MS. 

Rota Bioceânica 

O projeto da Rota Bioceânica visa encurtar em 8 mil km a distância percorrida pelos produtos brasileiros rumo ao mercado asiático, integrando Brasil, Paraguai, Argentina e Chile.

De acordo com o estudo feito pela Empresa de Planejamento e Logística (EPL) do Estado, esse fator vai reduzir custos, tempo e distância ao escoamento dos produtos. 

Os resultados do estudo técnico mostram que, de Campo Grande ao Porto de Santos, e de lá para Xangai, na China, os produtos percorrem uma distância de 25.245 km, uma viagem de 54 dias e 8 horas de duração. 

Se os produtos saírem de Antofagasta, no Chile, a distância será de 20.929 km e a duração do trajeto deve ser de 42 dias e uma hora.

Silvio Andrade e Ketlen Gomes/CorreioDoEstado










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