Presente em 74 dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, a Energisa fechou 2022 com lucro líquido 0,7% menor que no ano anterior. Conforme balanço anual publicado nesta sexta-feira, o lucro da empresa recuou de R$ 560,8 milhões para R$ 556,8 milhões, o que ainda equivale a uma sobra diária de R$ 1,52 milhão.
E a partir do próximo dia 30, boa parte deste dinheiro, R$ 194,4 milhões, será distribuído entre os acionistas da empresa. Esse valor é bem superior ao gasto que a concessionária teve com os 2.613 trabalhadores ao longo do ano, que ficou em R$ 150,2 milhões, de acordo com o balanço oficial.
Conforme os dados divulgados hoje, a queda no lucro poderia ser mais significativa se os resultados relativos a 2021 não tivessem sido revisados para baixo, em R$ 41 milhões. Inicialmente, o lucro de 2021 havia sido estimado em R$ 601 milhões. Agora, porém, foi reduzido para R$ 560 milhões. E esta revisão impediu queda maior no percentual de lucro, que seria de 7,5%. A assessoria da empresa foi procurada para explicar esta queda, mas não se pronunciou até a publicação desta reportagem.
E não foi somente o lucro que apresentou recuo. A chamada Receita Líquida também andou para trás. Em 2021 o faturamento bruto chegou a 4,12 bilhões de reais, contra 4,07 bilhões no ano passado, o que representa recuo de 1%. Porém, se for contabilizada a inflação do périodo, da ordem de 5,8%, a redução é mais significativa.
A energética fechou 2022 com 1 milhão e 105 mil clientes, quase 20 mil a mais que ao final do ano anterior.
Dos 2,6 mil trabalhadores, 1.370 são próprios e o restante é de empresas terceirizadas. Possivelmente por conta das características do trabalho, a Energisa tem apenas 160 mulheres no seu quadro (12%). Mesmo assim, 22% dos cargos de chefia são ocupados por elas. O balanço também revela que a empresa emprega 639 negros, os quais ocupam 9,8% dos cargos de chefia.
Neri Kaspary/CorreioDoEstado
