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ESTADUAL

Com mortes no Paraguai, Chikungunya é identificada em 12 municípios de Mato Grosso do Sul

Secretária-adjunta de Estado de Saúde aponta que algumas das cidades listadas são de áreas bem distantes da fronteira com o país vizinho

Publicada em 23/03/2023 às 16:36h

por Redação


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Com mortes no Paraguai, Chikungunya é identificada em 12 municípios de Mato Grosso do Sul
Com chikungunya mais prevalente, capacitação prepara equipes, e população em geral, para vigilância febril e acesso ao sistema de saúde  (Foto: Marcelo Victor/Correio do Estado)

País vizinho, que faz fronteira com diversas cidades de Mato Grosso do Sul, o Paraguai neste ano já acumula mais de 50 mortes por Chikungunya e, conforme a secretária-adjunta de Estado de Saúde, Crhistinne Maymone, essa arbovirose já foi sequenciada em 12 municípios de MS, inclusive longe da região fronteiriça. 

Conforme o resumo epidemiológico semanal de arboviroses - atualizado em 17 de março -, do Ministério da Saúde Pública e Bem-Estar Social (MSPyBS) do Paraguai, o país já soma 51 casos confirmados de mortos pela Chikungunya. 

Sendo o segundo Estado prioritário em relação à incidência das arboviroses, segundo Crhistinne Maymone, ela alerta para os cuidados necessários em todos os municípios de Mato Grosso do Sul, independente de ser de fronteira com o Paraguai. 

"É importante saber que temos a circulação do Aedes, tanto o aegypti quanto o albopictus (mosquitos que transmitem a dengue e a febre-amarela, respectivamente), e nós estamos agora realmente no período de muitas chuvas, que muitas vezes deixam reservatórios de água nas casas", frisa ela. 

Com a chikungunya mais prevalente, a capacitação vem para preparar as equipes, e população em geral, para a vigilância febril e acesso ao sistema de saúde. 

"Que as equipes saibam acolher essa pessoa que chega até o sistema de saúde, geralmente com quadro de febre até o 5º dia se repetindo. Não só municípios de fronteira que fizemos o sequenciamento pelo padrão ouro, que é o PCR, temos a confirmação laboratorial de casos de Chikungunya, além da predominância da Dengue tipo 1", expõe. 

Abaixo, os 12 municípios que detectaram Chikungunya

AMAMBAI

BELA VISTA

CAARAPÓ

CAMPO GRANDE

CASSILÂNDIA

CORONEL SAPUCAIA

MARACAJU

MUNDO NOVO

NAVIRAÍ

NOVA ANDRADINA

PARANHOS

PONTA PORÃ

Durante toda essa semana, a equipe do Ministério da Saúde está presente em Mato Grosso do Sul para essa capacitação que busca mitigar a situação e manejar adequadamente os casos dessas arboviroses, onde mais de 250 pessoas participam desse novo manejo clínico com 'experts' no assunto. 

Considerado um Estado praticamente endêmico - nas palavras da secretária - pelas alterações climáticas até mundiais, Crhistinne salienta que as arboviroses deixaram de ser uma questão sazonal, movida pelas chuvas que costumam iniciar em dezembro e se estender até o fim de março, sendo agora uma preocupação constante.

"É preciso se adequar à essas novas situações epidêmicas e de surto. Se o mundo mudou, a educação ambiental e autocuidado das famílias, comunidades, deve ser premente (rápido). Da mesma forma que a gente cuida do coronavírus no contágio, também tem que cuidar - e agora mais ainda - por todas as alterações climáticas do meio ambiente", pontua. 

Chikungunya

Como bem detalha a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) do Ministério da Saúde, a doença é característica por um início repentino, de febre acima de 38,5 graus; além de dores em articulações como dedos, tornozelos e pulsos.

Justamente essa dor nas articulações, muito mais intensas em casos de Chikungunya, é que possível distinguir a doença de um caso de dengue. 

Pelo boletim mais recente da vigilância epidemiológica, sobre o cenário da Chikungunya em MS, o Estado tem 1.105 casos prováveis e 108 confirmados, até semana passada. 

Em relação às 27 Unidades da Federação, Mato Grosso do Sul encontra-se em 10º no ranking, sendo quanto mais alta a posição, maior a incidência de casos.

Confirmando a fala da secretária-adjunta, de que a doença está também em municípios distantes da fronteira paraguaia, Cassilândia - justamente no lado oposto do mapa de MS - aparece em 3º no ranking estadual. 

Com cerca de 156 casos prováveis (dos 1.105 estaduais) até semana passada, Cassilândia aparece atrás apenas de Brasilândia, ao leste do Estado; e Maracaju, todos classificados como mais alta incidência, quando são registrados cima de 300 casos por 100 mil habitantes. 

Dengue

Já o cenário da dengue em Mato Grosso do Sul, conforme boletim da semana passada, o Estado já tem cinco óbitos confirmados pela doença, entre 5.550 casos confirmados e outros 13.235 prováveis. 

Quanto à incidência, 41 municípios aparecem com "alto índice", com os cinco primeiros sendo: Batayporã; Bodoquena; Jaraguari; Corumbá e Itaporã, sendo que o MS ocupa a 10ª colocação no ranking nacional entre as 27 unidades da Federação. 

Segundo a BVS, os sintomas da dengue vão desde a febre; dores de cabeça e pelo corpo; náuseas e, às vezes, nenhum desses sintomas. 

Alguns sintomas dessa doença indicam um alerta para a dengue hemorrágica, que pode ser fatal, apresentando manchas vermelhas na pele, dor abdominal intensa e contínua,  sangramentos (nariz, gengivas) e vômitos persistentes. 

Por fim, o manual indica que os quatro sorotipos de dengue (1,2,3 e 4) podem gerar de versões assintomáticas, até casos brandos e mais graves da doença, inclusive fatais, sendo necessária atenção.  

Leo Ribeiro/CorreioDoEstado










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