Pesquisa Mensal de Comércio referente ao mês de novembro de 2022, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira (11), mostra que Mato Grosso do Sul registrou queda de 2,6% nas vendas do comércio.
Entretanto, segundo as informações levantadas pelo IBGE, em comparação com a série sem ajuste sazonal, frente a novembro de 2021, o comércio varejista cresceu 4,8%,
representando treze meses de alta consecutiva.
Ao longo do ano de 2022, o comércio varejista acumula crescimento de 6,6%, enquanto a variação acumulada nos últimos doze meses é de 6,3%.
Com relação ao comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e de material de construção, houve queda de 1,6%.
Já no volume de vendas, em relação a novembro do ano anterior, o Estado apresentou
taxa positiva de 2,1%. No ano, o acumulado é de 4,7% e nos últimos 12 meses alta de 4,9%.
Em escala nacional, a pesquisa constatou que cinco atividades do varejo avançaram na comparação com novembro de 2021, são eles:
Combustíveis e lubrificantes (27,3%),
artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (6,5%),
móveis e eletrodomésticos (3,0%),
hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,7%) e
livros, jornais,revistas e papelaria (1,1%).
As outras três atividades apresentaram queda: tecidos, vestuário e calçados (-16,1%);
outros artigos de uso pessoal e doméstico (-10,5%); e equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-0,5%).
Com relação ao varejo ampliado, as atividades de veículos e motos, partes e peças tiveram resultado de -5,5%, enquanto material de construção caiu 10,9% em relação ao mesmo período de 2021.
De acordo com o pesquisador, Cristiano Santos, a Black Friday, que acontece no fim de novembro, não resultou em números muito positivos para o comércio varejista.
A atividade que costuma ficar mais aquecida no período é a de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, que recuou após dois meses de crescimento expressivo.
"Esse desempenho mais fraco da Black Friday contribui fortemente para o resultado negativo do setor varejista em novembro. As condições macroeconômicas, como a falta de crescimento de crédito, a alta dos juros, a estabilidade do valor do Auxílio Brasil e a volta da inflação, acabam impactando a renda das famílias e diminuem o consumo", explica Cristiano.
A pesquisa do IBGE constatou, inclusive, que, em novembro, na série com ajuste sazonal, o comércio varejista variou -0,6% com resultados negativos em 20 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Amapá (-5,6%), Alagoas (-3,9%) e Maranhão (-2,7%).
Por outro lado, pressionando positivamente, figuram em destaque Tocantins (2,4%), Piauí (1,5%) e Espírito Santo (1,5%). Santa Catarina apresentou estabilidade (0,0%).
Conforme as informações do IBGE, o estudo produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do comércio varejista no País, investigando a receita bruta de revenda nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, e cuja atividade principal é o comércio varejista.
Valesca Consolaro/CorreioDoEstado