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Só um estádio está apto para o Campeonato Estadual Sul-Mato-Grossense

Falta de autorização legal pode prejudicar a competição, que começa neste domingo

Publicada em 18/01/2024 às 16:18h

por Redação


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Só um estádio está apto para o Campeonato Estadual Sul-Mato-Grossense
Laertão, estádio do Costa Rica, não está autorizado para partidas  (Foto: Divulgação)

Faltando três dias para o início do Campeonato Sul-Mato-Grossense, apenas o Estádio André Borges, em Coxim, a 253 quilômetros de Campo Grande, está apto para receber jogos com torcida. E para a surpresa de muitos, o atual campeão do Estadual, Costa Rica, não tem nem sequer estádio para jogar.

Na tarde de ontem, o Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS) vetou a utilização do Estádio Laerte Paes Coelho, o Laertão, para partidas do Campeonato Sul-Mato-Grossense por falta de laudos.

A Cobra do Norte estreia na competição fora de casa já neste domingo, contra o Náutico, mas precisa correr contra o tempo para regularizar o estádio, a fim de que o jogo contra a Portuguesa, agendada para ser no Laertão, em Costa Rica, pela terceira rodada do Estadual, de fato ocorra.

Conforme os documentos que o Correio do Estado recebeu do MPMS, o clube não apresentou laudos que atendam às condições sanitárias e de segurança nem documento técnico de vistoria de engenharia, os quais são “indispensáveis à realização da competição”.

O presidente do Costa Rica, André Baird, disse ao Correio do Estado que já iniciou um novo processo de melhorias do estádio. “Vamos fazer o possível e o impossível para resolver isso até o fim da próxima semana”, confirmou.

Ao ser questionado os motivos pelos quais os laudos que foram entregues – dentro do check-list que recebeu previamente da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS) – não foram aprovados, Baird pontuou a falta de comunicação entre o MPMS e a entidade esportiva.

“Na minha visão, [isso é] falta de comunicação. Entregamos todos os laudos que a federação exigiu, mas quando chegou ao Ministério Público, eles vetaram. Vejo que o próprio MPMS precisa comunicar aos clubes o que a CBF [Confederação Brasileira de Futebol] pediu para eles avaliarem”, relatou.

O presidente do Costa Rica ainda foi específico nos temas, colocando em dúvida qual é o correto que poderia ser entregue. “A lei de hoje pede para entregarmos os laudos 45 dias antes do início do campeonato, e fizemos tudo corretamente, como a federação pediu. 

O problema é que, quando recebi a notificação do MPMS, eles pediram coisas que não estavam nos documentos entregues pela federação, que é [o laudo de] vigilância sanitária e engenharia, que da nossa parte tem validade de 2 anos e está tudo aprovado”, garantiu. 

Mais vetos

Outro time que enfrenta problemas e não tem estádio liberado é o Ivinhema. Na semana passada, o MPMS vetou a entrada de torcedores no Estádio Municipal Luiz Saraiva Vieira, o Saraivão, e comunicou ao Ivinhema que, caso queira jogar no estádio, que seja de portões fechados.

De acordo com uma nota do Ministério Público, o clube deveria apresentar laudos de segurança, prevenção e combate a incêndios e pânico, engenharia, acessibilidade e conforto e de condições sanitárias e higiene.

Ainda, o MPMS informou que o clube não apresentou plano de segurança nem laudo de engenharia, acessibilidade e conforto, documentos obrigatórios e que, sem a devida apresentação, impedem a realização de partidas no estádio.

A reportagem entrou em contato com o presidente do Ivinhema, João Carlos Rodriguess, que esclareceu toda a situação.

“O prefeito relatou que vai precisar realizar uma reforma no estádio, quando pretende gastar R$ 1,5 milhão, e pedimos para que isso seja feito após o término do campeonato. A gente acionou todos os órgãos e os bombeiros para a inspeção, e tudo foi aprovado. Vamos entrar em reunião novamente com o Ministério Público na tentativa de pedir a liberação do estádio”, afirmou.

Ao ser questionado o que faria caso o MPMS não liberasse o Saraivão, Rodrigues foi enfático na resposta: “O Ivinhema não joga de portões fechados. Se não liberar, vamos inverter o mando de campo com o Novo [Futebol Clube]. Agora, caso o Ministério Público continue alegando a falta de documentos, não jogaremos também em outro local. O futebol é a alegria do povo, e precisamos da nossa torcida. Acho que os promotores não querem que o campeonato aconteça”.

E o Estadual?

Para entender melhor como está a situação dos estádios de Mato Grosso do Sul, a reportagem do Correio do Estado buscou a comunicação com alguns dirigentes.

Em contato com um do Dourados Atlético Clube, foi relatado que alguns documentos pedidos pelo MPMS foram entregues na semana passada, porém, que no início desta semana, outros laudos foram solicitados. O time segue aguardando a aprovação.

Outro dirigente que contou a mesma situação foi o presidente do Novo, Éder Cristaldo. Ele disse para a reportagem que os laudos já foram entregues ao MPMS e que Sidrolândia está ansioso para a estreia da equipe na competição. 

Jacques da Luz 

Se os presidentes dos clubes do interior estão apreensivos, a ansiedade dos dirigentes do Operário e do Náutico, que devem mandar suas partidas ao Estádio Jacques da Luz, na Capital, está à flor da pele.

Sobre a situação desse estádio campo-grandense, um dirigente muito próximo do presidente Nelson Antônio, do Operário, relatou à reportagem que a entrega de todos os laudos solicitados pelo MPMS foi efetivada na manhã de ontem e que acredita que o clube deve efetuar suas partidas normalmente.

O Correio do Estado tentou contato com diretor de Competições da FFMS, Marco Tavares, a fim de entender o check-list entregue aos dirigentes e até especificar o que ele pede e quais são os problemas que os clubes de MS vêm enfrentando para regularizar seus respectivos estádios.

Entretanto, até o fechamento desta edição, não houve resposta. O canal segue em aberto.

João Gabriel Vilalba/CorreioDoEstado










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