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Esporte

Francisco Cezário assume chefia da Federação de Futebol pela 8ª vez

Ele comandou a entidade pela primeira vez na década de 1980; em período de eleições concorre sem adversários

Publicada em 29/04/2023 às 21:52h

por Redação


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Francisco Cezário, em dia de posse, em abril de 2019  (Foto: Divulgação)

Francisco Cezário foi reempossado nesta sexta-feira (28) para seu oitavo mandato como presidente da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), entidade criada em dezembro de 1978, 44 anos atrás.

Para conduzir essa gestão, que segue até 2027, ele foi eleito antecipadamente, em junho do ano passado.

E, pela regra da FFMS,  que adequou seu estatuto às mudanças na lei 9.615/1998, a Lei Pelé, que rege o desporto no País, Cezário deve cumprir seu último mandato, já perto de virar octogenário. Hoje ele tem 76 anos.

Sancionada em 2013, a alteração no texto limitou a uma reeleição o mandato de dirigentes de entidades esportivas, sob pena de perderem acesso a recursos públicos da União e isenções de impostos federais caso não cumpram a determinação, conforme publicação do Correio do Estado, em abril de 2019, ano que Cezário, que é advogado, assumira sua sétima gestão.

Oficialmente, Cezário comandou a entidade futebolística pela primeira vez em 1987, 36 anos atrás. 

Neste período, ele ficou, em tese, fora do do comando da associação por quatro anos, entre 2001 a 2004, quando assumiu a prefeitura de Rio Negro, cidade distante 150 quilômetros de Campo Grande.

Pessoas que já foram ligadas à entidade, informaram ao jornal que mesmo com o mandato de prefeito, as normas da FFMS permitiam que ele chefiasse a agremiação.

Cezário tentou reeleger-se prefeito, mas não conseguiu. Ele voltou para a FFMS e não saiu mais. Normalmente, ele concorre sozinho, sem adversários.

Votam nas eleições da FFMS dirigentes de associações (clubes profissionais), associações (clubes praticantes do futebol amador da capital e do interior) e ligas municipais amadoras. Em torno de 35 pessoas participam do pleito.

HISTÓRICOS 

Em 1997, adversários do comandante da entidade foram à Justiça por não conseguir registrar uma chapa para concorrer ao comando da entidade, mas não conseguiram. 

Um ex-dirigente esportivo, que preferiu não ver o nome publicado no jornal, por já ter se distanciado "há tempos dos assuntos ligados" à entidade futebolística, disse que o próprio estatuto da FFMS impede que o presidente tenha concorrentes em período de eleição. O mandato dura quatro anos.

Essa mesma fonte disse que o atual presidente deva receber, por mês, em torno de R$ 50 mil, recurso vindo da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Além disso, o chefe da FFMS, teria "a seu dispor" um cartão corporativo para gastos pessoais e as contas seriam quitadas pela CBF.

O Correio do Estado tentou conversar com Cezário, por telefone, na tarde desta sexta-feira, mas até a publicação deste material, não tinha conseguido. Assim que ele se manifestar, ou queira, o jornal publica sua versão. A reportagem queria confirmar o envio do dinheiro da CBF e ainda detalhar a receita anual da FFMS.

De acordo com o site da federação, as contas da entidade seriam examinada nesta sexta-feira (28) antes da posse de Cezário, marcado para o meio-dia.

RECEITA DA CBF

Nesta semana, o site Terra, noticiou que a CBF registrou faturamento recorde no ano passado e fechou 2022 com um total de R$ 1,214 bilhão em receitas. 

O superávit foi de R$ 143 milhões, o dobro do registrado no ano anterior (R$ 68,92 milhões). Cerca de metade do montante total veio com patrocínios - R$ 567 milhões.

DESEMPENHO PÍFIO

O futebol sul-mato-grossense hoje tem apenas um time, o Operário Futebol Clube, disputando torneios de amplitude nacional. Trata-se da quarta dívisão, a conhecida Série D de futebol no Brasil, competição que começa a partir de maio.

REPASSES

Em reportagem do Correio do Estado, em janeiro do ano passado, sustentada em consulta no portal da transparência, foi mostrado os valores anuais repassadas à FFMS pelo governo de MS. Veja:

Investimento ano a ano no futebol de MS

2012 – R$ 645.400
2013 – R$ 531.540
2014 – R$ 749.980
2015 – R$ 622.840
2016 – R$ 622.840
2017 – R$ 775.820
2018 – R$ 622.750
2019 – R$ 622.750
2020 – R$ 822.699
2021 – R$ 820.902 

Celso Bejarano/CorreioDoEstado










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