O Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 1,4% no segundo trimestre deste ano, na comparação com o trimestre anterior.
Os avanços de 1% nos serviços e de 1,8% na indústria contribuíram para a taxa positiva e compensaram o saldo negativo de 2,3% da agropecuária.
Já pela ótica da demanda, segundo o IBGE, tanto o consumo das famílias, quanto o do governo aumentou, assim como os investimentos.
Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 2,9 trilhões.
A coordenadora de contas nacionais do IBGE, Rebeca Palis, destaca a importância do crescimento da indústria no país para o aumento do PIB.
'A gente viu que o destaque desse trimestre foi a indústria, com o crescimento de 1,8%, muito influenciada pelo crescimento de eletricidade, água, gás e esgoto, principalmente pelo consumo residencial de energia elétrica, até pelas altas temperaturas e também pelo aumento da construção que está sendo influenciado aí pelo período eleitoral, né? Por programas aí governamentais de incentivo e da própria renda das famílias'.
Já a queda da agropecuária foi ocasionada pelas condições climáticas que afetaram as produções de soja e milho.
No entanto, a pecuária, o café e o algodão apresentaram bom desempenho.
Segundo o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a estimativa é que o PIB este ano chegará perto de 3%.
'Agora nós vamos provavelmente reestimar o PIB para o ano. Pela força com que ele vem se desenvolvendo, deve superar aí 2,7%; 2,8% e há instituições que já estão projetando um PIB superior a 3%. Isso pode inclusive ensejar uma reprojeção das receitas para o ano que vem, se continuar forte como está'.
Em relação ao segundo trimestre do ano passado, o PIB cresceu 3,3% e ao longo dos últimos quatro trimestres, a alta acumulada é de 2,5%.
Caio Azevedo/RádioNacional-RJ
