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Crianças e adolescentes negros são 83% das vítimas de mortes violentas; ouça:

País registrou mais de 15 mil mortes nessa faixa nos últimos três anos

Publicada em 13/08/2024 às 19:11h

por Redação


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Para a representante do Unicef, o desafio é enfrentar o racismo  (Foto: Juca Varella/AgênciaBrasil)

Mais de 15 mil crianças e adolescentes foram mortos de foram violenta no Brasil nos últimos três anos.

Nesse mesmo período, 165 mil meninos e meninas até 19 anos entraram para as estatísticas de vítimas de abuso sexuais.

É o que revela a segunda edição do relatório “Panorama da Violência Letal e Sexual contra Crianças e Adolescentes no Brasil”, lançado nesta terça-feira (13) pelo Unicef, Fundo das Nações Unidas para a Infância, e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Ana Carolina Fonseca, oficial de proteção contra violência do Unicef, afirma que houve aumento no percentual de mortes na faixa de zero a nove anos, causadas por intervenções policiais; e os negros seguem como as maiores vítimas.

“A diferença racial, no caso da violência letal, já está presente desde a infância. 64% das vítimas de até quatro anos são negras. Isso vai crescendo e a gente chega na faixa etária de 15 a 19 anos com 83% das vítimas negras. No total, das mais de 15 mil mortes nesses três anos, 82,9% eram de negros e negras”.

Para a representante do Unicef, o desafio é enfrentar o racismo.

“Um ponto importante disso é o racismo. A gente tá falando de uma população que não é protegida como a população branca. A gente tá falando de uma população que existe uma ideia de que essa vida vale menos do que outras. Então, o desafio que se coloca é, realmente, de enfrentar o racismo, o racismo que está presenta também nas forças policiais, na forma como os serviços se estruturam para responder a essas mortes. Tanto do ponto de vista da prevenção, quanto da apuração, do investimento que se faz pra evitar e responsabilizar por essas mortes”.  

O relatório também aponta aumento no número de vítimas de violência sexual entre meninos e meninas até 9 anos de idade: foram quase 23 mil casos. Para Ana Carolina Fonseca, além da educação sexual para as crianças, é necessário capacitar profissionais para identificar esse tipo de violência.

“Quando a gente fala da criança pequena, é muito importante que todos os serviços por onde essa criança passa estejam muito atentos a esses sinais. A educação infantil, os serviços de saúde, de assistência social... porque muitas vezes vão ser essas pessoas adultas, de fora da família, porque a gente sabe que a violência sexual acontece sobretudo no ambiente familiar, que vão poder gerar esse alerta e garantir que essa criança seja vista e cuidada. E, à medida que essa criança vai crescendo, a gente precisa, cada vez mais, falar sobre educação sexual, sobre o próprio corpo, sobre direitos, sobre proteção, pra que essa criança, esse adolescente, saiba identificar que estão sendo vítimas de uma violência e saibam que podem contar com ajuda e onde buscar essa ajuda”.

A segunda edição do “Panorama da Violência Letal e Sexual contra Crianças e Adolescentes no Brasil” foi construída a partir de dados coletados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Para chegar ao panorama nacional, são produzidos pedidos específicos a cada Secretaria de Segurança Pública ou Defesa Social das 27 unidades da Federação, com a base de dados de mortes violentas intencionais e estupros, inclusive de vulneráveis.

Priscila Thereso/RádioNacional-RJ










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