Os analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) voltaram a reduzir a estimativa de inflação para 2023. É o que mostra o Relatório Focus, divulgado nesta terça-feira (25/7).
De acordo com o relatório, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, deve terminar este ano em 4,9% – a projeção da semana passada era de 4,95%.
Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é de 3,25%. Como há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75%.
Os economistas ouvidos pelo BC reduziram as estimativas de inflação para 2024 (de 3,92% para 3,9%) e 2025 (de 3,55% para 3,5%).
PIB
Segundo o Focus, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para 2023 deve ter crescimento de 2,24%, a mesma projeção da semana anterior.
Para 2024, a previsão de crescimento da economia brasileira foi mantida em 1,3%. Em 2025, a estimativa subiu de 1,88% para 1,9%.
Em relação à taxa básica de juros da economia, a Selic, o mercado financeiro manteve a estimativa para o fim de 2023 em 12% ao ano. Para 2024, a projeção segue em 9,5% ao ano.
Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a Selic foi mantida em 13,75% ao ano.
A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para controlar a inflação. A Selic é utilizada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia.
Os analistas consultados pelo BC reduziram a projeção para o dólar em 2023, de R$ 5 para R$ 4,97. Para 2024, a estimativa foi mantida em R$ 5,05.
O Relatório Focus resume as expectativas de mercado coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação. O boletim é divulgado sempre às segundas-feiras. Nesta semana, excepcionalmente, o relatório saiu nesta terça, por causa do jogo da Seleção Brasileira na Copa do Mundo feminina de futebol.
Fábio Matos/Metrópolis