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Ministério da Saúde pede maior vigilância dos municípios para diminuir focos de Aedes aegypti

Pasta veio ao Estado para discutir ações estratégicas de enfrentamento às arboviroses, em especial a Dengue e a Chikungunya

Publicada em 23/03/2023 às 17:35h

por Redação


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Ministério da Saúde pede maior vigilância dos municípios para diminuir focos de Aedes aegypti
Larva do mosquito Aedes aegypti  (Foto: Álvaro Rezende/Governo do Estado)

Durante a semana, o Ministério da Saúde está realizando uma visita técnica em Mato Grosso do Sul para discutir ações estratégicas de enfrentamento às arboviroses, em especial a Dengue e a Chikungunya. A ação está sendo coordenada pelo Governo do Estado, com apoio do Ministério da Saúde, da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), e da Secretaria de Estado de Saúde (SES).

A recomendação das autoridades de saúde é para que os municípios desenvolvam trabalhos específicos para a eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti - que transmite as doenças -, que se reproduz em água parada.

“Ainda estamos no período de muita chuva que por consequência se criam reservatórios de água, por muitas vezes estão localizadas em nossa própria casa. Então, a população é a protagonista desta ação de prevenção, elimine qualquer foco de água parada e não deixe lixo acumulado, siga todas as recomendações. Proteja você e à sua família”, afirmou a secretária-adjunta da SES, Crhistinne Maymone.

A população precisa estar atenta quanto aos sintomas da chikungunya. “Todos nós precisamos estar preparados com essa vigilância febril que geralmente ocorre com quadro de febre até o quinto dia, com diversos episódios de febre ocorrendo repetidas vezes. Por isso, as equipes de saúde precisam estar preparadas para que este paciente acesse o serviço de saúde e seja acolhido", afirmou Maymone.

Conforme noticiado anteriormente pelo Correio do Estado, as ações tiveram início na última segunda-feira (20), com uma reunião entre a SES e o Ministério da Saúde, para apresentar o quadro situacional da dengue e da chikungunya no Estado.

Na terça-feira (21), as equipes seguiram para Ponta Porã, onde passaram dois dias capacitando agentes do município e de cidades próximas da fronteira.

No quarto dia de reuniões no Estado, está sendo realizada capacitação sobre "manejo clínico da chikungunya" direcionada aos profissionais de saúde dos 79 municípios do Estado. 

A estratégia integra as ações prepositivas do Centro de Operações de Emergência (COE) de combate às arboviroses de Mato Grosso do Sul, com capacitação ministrada pelo médico infectologista André Siqueira, além de discussão sobre o fluxo de vigilância com técnicos do Ministério da Saúde.

A capacitação é direcionada para todos os profissionais de saúde. “Inclusive para os acadêmicos, vamos discutir ações desde o controle de vetor, manejo clínico à instalação das ovitrampas (armadilhas para capturar os mosquitos). Então, estamos tomando todas as medidas necessárias para que a gente possa mitigar novos casos. Nós temos 12 municípios que estão com registro da doença e com esta capacitação temos a previsão de capacitar mais de 250 pessoas nos dois períodos”.

Nesta sexta-feira (24), os técnicos do Ministério da Saúde participam da reunião do Comissão Intergestores Bipartite (CIB) que reúne os 79 secretários municipais de saúde onde a equipe apresentou o Cenário Nacional das Arboviroses. 

Fronteira

A articulação do Estado, com o apoio do Ministério da Saúde e da OPAS, auxiliou nas ações de controle dos casos de chikungunya em Ponta Porã e em cidades do Paraguai, próximas a fronteira. 

“Essa parceria criada pelo nosso COE fortalece o contato com o Paraguai e auxilia nas medidas de controle, prevenção e monitoramento de vigilância. Nós somos um Estado de fronteira seca com dois países vizinhos, com muitos municípios onde o que separa é apenas uma rua.  Por isso, nós precisamos que nossas equipes, dos 79 municípios do Estado, estejam preparadas e capacitadas para atender a população”, pontuou.

Com ação estratégica do COE, algumas parcerias foram pactuadas com a equipe técnica do Paraguai, durante o encontro realizado em Ponta Porã:

Participação do Paraguai no Comitê de Combate às Arboviroses;

Capacitação de agentes de saúde dos municípios de fronteira e do Paraguai;

Monitoramento dos 13 municípios de fronteira com a instalação de ovitrampas;

Fluxo de informação referente quanto aos casos notificação – inclusive, de pessoas que moram no Paraguai para auxiliar na identificação do foco do Aedes aegypti;

Compromisso quanto a intensificação de ações pelo Paraguai no controle de vetores das arbovirores em que a ação será monitorada pelo município de Ponta Porã.

Casos

Nas primeiras 10 semanas de 2023, a Secretaria de Estado de Saúde já registrou 13.235 casos prováveis de dengue em Mato Grosso do Sul.

O número é sete vezes maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. Em 2022, foram 1.701 casos prováveis notificados nas primeiras 10 semanas. O número preocupante registrado em 2023 representa um aumento de 678,24%. 

Apenas na 10ª semana epidemiológica deste ano, foram notificados 2.252 casos prováveis de dengue, 408,35% a mais do que as 159 notificações no mesmo período do ano passado, segundo dados do último boletim epidemiológico divulgado pela SES no dia 15 de março. 

As cidades de Alcinópolis e Bodoquena decretaram situação de emergência por conta da epidemia de dengue, notificando neste ano 233 e 260 casos prováveis de dengue notificados.

Os dados epidemiológicos estaduais deste ano apontam ainda que os municípios de Três Lagoas, Campo Grande e Bonito apresentam os maiores números de registros de dengue.

A terceira maior cidade de MS, Três Lagoas, lidera o ranking, com 771 casos confirmados, enquanto a Capital tem 408 e Bonito registra 373 casos da doença. 

Por ora, já foram confirmados em todo o Estado 5.550 casos de dengue. Cinco pessoas já morreram por complicações decorrentes da doença neste ano. Outras quatro mortes suspeitas de dengue seguem em investigação.

Nas primeiras 10 semanas de 2023, Mato Grosso do Sul já notificiou 1.105 casos prováveis de chikungunya em todo o Estado. O número nos primeiros três meses já é 86% maior do que o registrado em todo o ano de 2022, período em que Mato Grosso do Sul registrou 594 casos prováveis da doença.

Durante as 10 primeiras semanas de 2022, foram notificados 30 casos prováveis de chikungunya. Neste ano, o número foi 3583,3% maior.

Os principais sintomas da dengue são:

Febre alta > 38°C;

Dor no corpo e articulações;

Dor atrás dos olhos;

Mal estar;

Falta de apetite;

Dor de cabeça;

Manchas vermelhas no corpo.              

Sintomas da chikungunya:

Febre

Dores intensas nas articulações

Dor nas costas

Dores pelo corpo.

Erupção avermelhada na pele

Dor de cabeça.

Náuseas e vômitos.

Dor retro ocular

Dor de garganta

Calafrios

Diarreia e/ou dor abdominal (manifestações do trato gastrointestinal são mais presentes em crianças).

Alanis Netto/CorreioDoEstado










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