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Movimentação portuária no Pantanal cai pela metade com crise hídrica

Em 2024, o nível do rio na região de maior movimentação comercial, em Ladário/Corumbá, não alcançou nível de 1,5 metro

Publicada em 07/08/2024 às 15:52h

por Redação


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Movimentação portuária no Pantanal cai pela metade com crise hídrica
Barco enfrenta dificuldade para navegar no Rio Paraguai  (Foto: Silvio Andrade)

A hidrovia Paraguai-Paraná é uma das principais vias de movimentação e escoamento do comércio exterior de Mato Grosso do Sul, auxiliando no fluxo de mercadorias com participação de quase 7% da balança comercial.

Porém, as condições climáticas e estiagem severa em curso no Pantanal está gerando um impacto negativo direto na possibilidade de uso desse sistema logístico.

Em 2024, o nível do rio Paraguai na região de maior movimentação comercial, em Ladário/Corumbá, não alcançou nível de 1,5m, que favorece o transporte principalmente de minério de ferro, e a queda na movimentação portuária neste ano chegou a quase 50%.

Os dados estatísticos aquaviários, da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), avaliou dados entre janeiro e maio e identificou essa redução pela metade de movimentação portuária.

Esses dados ainda não contemplam a queda do nível do rio Paraguai, que começou no final de maio e prossegue.

Em 30 de julho, o nível chegou a 52 centímetros. Conforme empresas que atuam no transporte de mercadorias, o nível crítico e de limite para transporte fica em 1 m, algo que foi registrado até 28 de junho.

A maior carga de mercadorias que navega no rio Paraguai é de minério de ferro. Neste ano, foram 1,6 milhões de toneladas.

Ainda houve 113 mil toneladas de soja, além de 39 mil toneladas de terras e pedras; bem como 6 mil toneladas de ferro e aço.

O carregamento de minério de ferro está concentrado nos portos de Gregório Curvo e TUP Vetorial, que ficam em Corumbá, além do porto Granel Química, em Ladário.

Em Gregório Curvo, localizado abaixo de Ladário no rio Paraguai, o carregamento nos cinco primeiros meses do ano foi de 1,3 milhão de toneladas. O TUP Vetorial Logística foi responsável por 211 mil toneladas.

Nesses dados da Antaq, o porto da Granel Química foi o que sofreu a maior queda de transporte de cargas: 89,5% entre janeiro e maio de 2024, com 134 mil toneladas neste ano.

Esses dados sobre a queda da movimentação de carga geraram reflexos parciais na balança comercial em Corumbá, que caiu uma posição no ranking de exportações (agora é o 5º). Em termos financeiros, a queda foi em 0,5%.

Entre janeiro e junho deste ano, US$ 225,15 milhões foram exportados a partir do município pantaneiro.

Nesse recorte de exportações, os minérios de ferro representam 64% do comércio exterior na exportação, ou US$ 143 milhões em movimentação financeira.

O ferro fundido bruto também corresponde a uma fatia desse comércio, com 23%. Nesse item da balança comercial, houve uma redução de 8,5% (que representa US$ 4,89 milhões que deixaram de ser comercializados).

Em anos anteriores, as condições de navegação do rio Paraguai apresentavam problemas para o comércio exterior entre os meses de outubro e novembro. Mas em 2024, praticamente todo ano está com defasagem.

Essa situação já vinha sendo discutida pelo setor privado, com tentativa para o governo federal realizar dragagem em alguns locais do rio para garantir maior período de navegação.

A organização que está mais empenhada a cobrar medidas é a Agência de Desenvolvimento Sustentável das Hidrovias e dos Corredores de Exportação (Adecon).

Neste mês, representantes da entidade cobraram, por ofício, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) para análise prioritária de autorização de dragagem do rio Paraguai.

Essa obra que vem sendo discutida desde 2023 está localizada no tramo Sul, entre Corumbá e a foz do Rio Apa, em Mato Grosso do Sul, com quase 600 quilômetros de extensão.

O processo de autorização foi aberto no dia 7 de julho e segue represado.

O Novo PAC, do governo federal, destinou R$ 95 milhões para custear a dragagem de três trechos do rio Paraguai, entre Corumbá e Porto Murtinho, mas essa obra segue em análise.

Rodolfo César-de Corumbá/CorreioDoEstado










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