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Com UFN3 parada, Lula negocia construção de outra fábrica de fertilizantes na fronteira

Expectativa é que unidade seja construída entre Corumbá, em MS, e Porto Quijarro, na Bolívia

Publicada em 10/07/2024 às 09:03h

por Redação


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Lula e presidente da Bolívia, Luis Arce, assinaram memorandos de cooperação  (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reafirmou, nesta terça-feira (9), que está em negociação a instalação de uma fábrica de fertilizantes na fronteira entre Corumbá e Porto Quijarro.

A afirmação foi feita durante encontro com o presidente boliviano Luis Arce, na Bolívia, em visita oficial a Santa Cruz de la Sierra.

"A Bolívia segue sendo o principal fornecedor de gás natural no Brasil. Conversamos sobre a possibilidade de ampliar investimentos nessa área e incrementar o volume exportado para o mercado brasileiro. O Brasil também importa fertilizantes da Bolívia, queremos fortalecer essa parceria com a implantação de uma fábrica de nitrogenatos entre Corumbá e Porto Quijarro", disse Lula.

A possibilidade de uma nova fábrica de nitrogenados já havia sido levantada em outubro do ano passado. Conforme reportagem do Correio do Estado, na fronteira, entre Corumbá e Porto Quijarro, seria produzida a ureia, e o cloreto de potássio, em Coipasa.

Ainda segundo a reportagem, a Bolívia é um aliado para a independência brasileira na produção de fertilizantes e a implementação de indústrias visa diminuir a dependência externa do Brasil. 

Em Mato Grosso do Sul, já há obra para a instalação da Unidade de Fertilizantes III (UFN3), da Petrobras. As obras, no entanto, estão paralisadas desde 2015 e não há previsão para o destravamento.

No encontro com o presidente boliviano, Lula não detalhou como será a parceria e em que fase estão as conversas para a implantação desta nova fábrica na fronteira.

Os líderes conversaram sobre a ampliação das relações entre os dois países e a cooperação mútua para fomentar o desenvolvimento de ambas as nações, por meio da integração física e energética.

O presidente da Bolívia ressaltou que os dois países iniciam uma nova era nas relações bilaterais, não apenas no que se refere aos memorandos assinados, e citou os fertilizantes.

"Isto marca esta nova era de relações entre Brasil e Bolívia. Não somente estamos falando de gás, que é um produto que nós continuaremos explorando, produzindo e comercializando, mas também há outros, como o nosso lítio, como os nossos sais, os nossos minerais, os nossos fertilizantes, essas matérias-primas que temos aqui", disse Luis Arce.

Arce afirmou, ainda, que o país está iniciando um processo de industrialização e necessita da experiência do Brasil na área.

Agenda 

A agenda de Lula na Bolívia incluiu reunião restrita com Arce, seguida por reunião ampliada com autoridades e parte da delegação brasileira.

Lula também participou do Fórum Empresarial Bolívia-Brasil, organizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Ainda no país vizinho, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, assinou nesta terça-feira (9/7) memorandos de entendimento com a Bolívia.

O primeiro prevê a interconexão dos sistemas de transmissão e distribuição de energia elétrica e o segundo documento é para a modificação da operação da Usina Hidrelétrica da UHE Jirau na Cota 90 m. A assinatura aconteceu no âmbito da visita do presidente Lula em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia.

O terceiro documento é um aditivo ao Memorando de Entendimento sobre assuntos energéticos entre o Ministério de Minas e Energia (MME) e o Ministério de Hidrocarbonetos da Bolívia, assinado em 2007.

O objetivo é promover a integração energética entre os dois países por meio da utilização da infraestrutura de dutos já existente no transporte de gás natural, satisfazendo a demanda do mercado brasileiro.

Além disso, ficam previstos a avaliação e execução de projetos de exploração por meio de novos operadores na região.

O objetivo do plano de conexão via sistema de distribuição é o de fornecer energia elétrica a localidades no norte da Bolívia, cujas redes elétricas atualmente operam de forma isolada.

“Essa interligação com o Brasil ajudará a descarbonizar parte da Amazônia entre os dois países, além de dar mais segurança energética aos nossos vizinhos bolivianos”, pontuou o ministro Alexandre Silveira.

A interligação se dará entre as subestações Guajará-Mirim (RO/Brasil) e Guayaramerin (Bolívia), e entre as subestações Epitaciolândia (AC/Brasil) e Cobija (Bolívia).

O outro acordo entre os países foi de otimizar a geração de energia da Usina Hidrelétrica (UHE) de Jirau a partir da flexibilização da regra operativa, de forma a permitir a continuidade da operação na cota 90 m constante ou ampliada durante o período de estiagem com ganhos energéticos ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

Localizada no Rio Madeira, a UHE Jirau é a quarta maior geradora de energia do Brasil em capacidade instalada. A UHE Jirau fornece energia renovável para mais de 40 milhões de pessoas.

* Com assessoria

Glaucea Vaccari/CorreioDoEstado










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