O presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, vem ao Mato Grosso do Sul, nesta sexta-feira (26). Acompanhado pelo governador Eduardo Riedel e pela ministra de Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, Prates vai fazer uma visita técnica à Unidade de Fertilizantes de Três Lagoas, a UFN3, que segue com obras paralisadas, aguardando posição do Governo Federal.
Antes da visita, as autoridades atendem a imprensa na chegada ao aeroporto do município, por volta de 9h30.
Riedel deve aproveitar a oportunidade para cobrar uma posição sobre a retomada da obra e a ativação efetiva da unidade. Durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Mato Grosso do Sul, no último dia 12, o governador pediu para que ele “olhar com carinho para a UFN3”.
Coincidência ou não, Prates chegou a dizer na CNN que a retomada dos trabalhos poderia acontecer no fim deste ano. O investimento para conclusão e início da operação seria de R$ 5 bilhões e a unidade deve estar operando até o final de 2028.
O vice presidente da República, Geraldo Alckmin, que também era aguardado junto com a comita em visita a fábrica UFN 3 hoje, cancelou agenda.
Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III em Três Lagoas (UFN3)
A posição foi confirmada também pela ministra do Planejamento Simone Tebet. “Para compor o portfólio da Petrobras e receberem investimentos, os projetos não dependem de solicitação de qualquer Ministro ou autoridade, mas sim da demonstração técnica de viabilidade financeira. Os projetos em questão foram avaliados e serão retomados, de forma alinhada à decisão da Petrobras de voltar ao setor de fertilizantes. Decisão essa expressa no Plano Estratégico 2024-2028+”.
A UFN3, quando concluída, terá um papel fundamental na redução da dependência brasileira em 15% dos nitrogenados, contribuindo para a autonomia nacional no setor de fertilizantes.
Com 81% da obra realizada, a construção foi paralisada no final de 2014.
A fábrica de fertilizantes foi projetada para consumir diariamente 2,3 milhões de metros cúbicos de gás natural, fazendo a separação e os transformando em 3.600 toneladas de ureia e outras 2.200 toneladas de amônia por dia.
Rogério Vidmantas/CapitalNews