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'Ponte' feita em SP finalmente vai permitir reforma da ponte no Rio Paraguai

Rampa será instalada a partir de quinta-feira (15) sobre locais danificados e permitir que operarários retirem o concreto fissurado e depois refaçam a estrutura da pista

Publicada em 12/02/2024 às 15:14h

por Redação


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Estrura foi feita sob encomenda em São Paulo porque em MS não foram encontradas vigas de metal que suportassem o peso das carretas  (Foto: Divulgação)

Nesta quinta-feira (15), a empresa RR Ceni Terraplanagem, contratada pela Agesul  começa a utilizar uma rampa sobre os trechos danificados da ponte sobre o Rio Paraguai, na BR-262, a cerca de 70 quilômetros de Corumbá, e finalmente dar início aos reparos emergenciais na estrutura.

Após a instalação, que é uma espécie de “ponte sobre a ponte”, os veículos não terão mais contato direto com a pista de concreto e assim será possível fazer a as lages. Mesmo assim, será necessário interditar o tráfego por completou durante o período de secagem deste concreto. 

Pela ponte passam, em média, 800 veículos por dia. Somente caminhões com minério são em torno de 350. E a BR-262 é a única rodovia asfaltada de acesso às cidades de Corumbá e Ladário, onde residem 118 mil pessoas. 

Ainda não estão definidas as datas destas interdições, que serão pelo menos cinco, mas a Agesul garante que elas serão comunicadas com antecedência e ocorrerão no período noturno, para minimizar os transtornos dos usuários da rodovia. 

A rampa teve de ser montada em São Paulo, pois em Mato Grosso do Sul não foram encontradas chapas de aço com resistência suficiente para suportar as cerca de 70 toneladas das carretas com minério de ferro.

Com a colocação dessa “ponte” será possível destruir por completo o concreto danificado nos cinco locais que estão em colapso e refazer toda a estrutura sem interditar o tráfego. Ela tem altura suficiente para que os operários consigam finalmente refazer a pista. 

Mas, durante a secagem do novo concreto será necessário interromper por completo a tráfego, uma vez que qualquer trepidação causaria fissuras e o trabalho todo seria comprometido. Inicialmente a Agesul informou que essa “cura” do concreto levaria entre 24 e 72 horas. 

Porém, na informação mais recente, o Governo informou que essa cura será possível em 12 horas, reduzindo assim o período de isolamento das cidades de Corumbá e Ladário. Além disso, o Governo também sinalizou com a possibilidade de ativação de uma balsa no mesmo local onde era feita a travessia antes da construção da ponte, que foi concluída faz 23 anos.

Sem a ponte da BR-262, a única alternativa de acesso a Corumbá seria pela chamada Estrada Parque, que tem cerca de 120 quilômetros e não é asfaltada. Porém, por causa de cerca de 90 pontes de madeira, o tráfego para as carretas com minério é proibido. 

Sendo assim, as possíveis cinco interdições totais de até três dias no tráfego impediriam o transporte de minérios por até 15 dias, comprometendo o cronograma de exportações da mineradoras. 

O transporte pela hidrovia segue parado, já que o nível do Rio Paraguai está em apenas 70 centímetros nesta segunda-feira (12) pela hidrovia, parado desde o começo de novembro, só recomeça depois que o nível superar um metro em Ladário. 

Histórico

Durante duas décadas houve cobrança de pedágio por empresa privada e em troca ela tinha obrigação de fazer a manutenção da estrutura. A cobrança só acabou em setembro do 2022, mas a empresa responsável, a Porto Morrinho, permaneceu na ponte até 15 de maio do ano passado. 

Antes dessa data, porém, o tráfego já começou a fluir somente em meia pista, justamente por conta das falhas na estrutura que agora serão reparadas. Desde 21 de março a passagem de veículos funciona no sistema de pare e siga.

E, somente para organizar este serviço estão sendo gastos em torno de R$ 330 mil mensalmente dos cofres estaduais. As obras emergenciais que estão em andamento foram orçados em R$ 1,67 milhão. Outros R$ 714 mil estão sendo gastos com uma empresa de consultoria que fará um estudo de todos os reparos que serão necessários na ponte. 

SÓ ARRECADAÇÃO

Com 1.890 metros de comprimento e inaugurada em maio de 2001, a ponte era pedagiada até setembro de 2022, com tarifa de R$ 14,10 para carro de passeio ou eixo de veículo de carga. Em média, a cobrança rendia R$ 2,6 milhões por mês. 

O último contrato  de concessão, com a empresa Porto Morrinho, começou em dezembro de 2008, e rendeu em torno de R$ 400 milhões, levando em consideração o faturamento do último ano de concessão.

Em março de 2017, a Porto Morrinho conseguiu um abatimento de 61% no valor da outorga. Na assinatura, em 22 de dezembro de 2008, o acordo previa repasse de 35%  do faturamento bruto obtido com a arrecadação tarifária estabelecida em sua proposta comercial. A partir de março de 2017, porém, este valor caiu para 13,7%.

Em troca da cobrança de pedágio, a empresa Porto Morrinho tinha a obrigação de fazer a manutenção da estrutura. Mas, ela foi devolvida e dois meses antes do fim definitivo do contrato com a concessionária, o tráfego já estava em meia pista justamente porque a manutenção não foi realizada. 

Nos primeiros oito meses depois do fim da cobrança de pedágio, entre setembro de 2022 e maio do ano seguinte, a concessionária continuou cuidando da ponte. Neste período, recebeu pouco mais de R$ 6 milhões dos cofres estaduais. Atualmente, a empresa que controla o tráfego é a empresa RR Ceni Terraplanagem. 

Neri Kaspary/CorreioDoEstado










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