Nesta quinta-feira (14), Mato Grosso do Sul confirmou a primeira ocorrência de ferrugem asiática da safra de soja 23/24, nesta quinta-feira (14), por meio da Fundação MS.
A lavoura contaminada está localizada em Laguna Carapã, na região sudoeste do estado, e foi plantada na 2ª quinzena de setembro, estando no estádio fenológico R5, informou a Aprosoja em nota.
Até o momento, o Consórcio Antiferrugem, plataforma de monitoramento gerenciada pela Embrapa, identificou 77 casos em todo o Brasil.
Além de Mato Grosso do Sul, o estado do Paraná tem registro de 63 focos, Rio Grande do Sul tem 6; Santa Catarina tem 4 e São Paulo tem 3.
A doença causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi pode reduzir a produção de soja em até 90%, de acordo com pesquisas da Embrapa.
Os sintomas iniciam no terço inferior das plantas, com lesões escurecidas na face adaxial (superior) e estruturas de reprodução do patógeno na face abaxial (inferior) das folhas.
Com a evolução da doença, as pontuações aumentam, reduzindo a área fotossinteticamente ativa, causando amarelecimento e queda das folhas.
A partir disso, a produção de fotoassimilados é comprometida, prejudicando o enchimento dos grãos e consequentemente, a produtividade das plantas.
A ferrugem-asiática da soja foi identificada pela primeira vez no Brasil em 2001, e a partir de então é monitorada e pesquisada por vários centros públicos e privados.
Segundo o Consórcio Antiferrugem, essa doença, considerada a mais severa da cultura, pode causar perdas de até 90% de produtividade se não controlada.
A Embrapa informa que as estratégias de manejo da doença são: a ausência da semeadura de soja e a eliminação de plantas voluntárias na entressafra por meio do vazio sanitário para redução do inóculo do fungo, a utilização de cultivares de ciclo precoce e semeaduras no início da época recomendada como estratégia de escape da doença e a utilização de fungicidas.
Os fungicidas sítio-específicos utilizados no controle da ferrugem pertencem a três grupos distintos: os Inibidores de desmetilação (IDM, "triazóis"), os Inibidores da Quinona externa (IQe, "estrobilurinas") e os Inibidores da Succinato Desidrogenase (ISDH, "carboxamidas").
Valesca Consolaro com Assessoria/CorrreioDoEstado