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Brasil pode ficar sem madeira para construção civil; enquanto indústria da celulose cresce no MS

Estudo da Imafora diz que o país está à sombra de um apagão florestal nos próximos anos, mas secretário de MS vê o problema como uma oportunidade

Publicada em 21/10/2023 às 14:42h

por Redação


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Suzano em MS já destinou R$ 653,5 milhões para a expansão da base florestal da empresa  (Foto: Divulgação)

Aumento da demanda para a produção de celulose e geração de energia, deixa incerto o futuro da madeira na construção civil. É o que aponta o estudo mais recente do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) sobre o papel das florestas plantadas para suprir a demanda de madeira sólida no Brasil.

Conforme a pesquisa, o país pode estar a caminho de um “apagão florestal” já nos próximos anos, o que poderá comprometer o desempenho do setor de construção civil e forçar a substituição por materiais mais poluentes e com maior pegada de carbono, como o concreto.

Por outro lado, o Brasil vive um momento de expansão da produção de celulose e papel, sendo esperada para os próximos anos a abertura de diversas unidades industriais em todo o território. Além disso, houve um aumento significativo na demanda por madeira para fins energéticos.

Neste sentido, o titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, vê o problema como algo positivo para a expansão da base florestal.

“A forte expansão do setor está obrigando a base florestal também avançar. Entendo que é um problema positivo. Um aumento da demanda e consequentemente estamos vendo uma série de áreas, fora celulose também investindo novamente em eucalipto e em sistemas integrados de floresta”, destaca Verruck.

Para o secretário, a construção civil tem condições de reverter o apagão de madeira no país. “Primeiro que o setor tem possibilidades e alternativas de fazer isso. E segundo, por causa do custo também, houve um aumento do preço dessas madeiras, as escoras utilizadas para a construção civil em função do aumento da prensa de madeira no Brasil”, pondera.

Além disso, Verruck reintera que o crescimento da indústria de celulose não é responsavel pelo citado 'apagão de madeira' na construção civil, visto que é feito todo um planejamento florestal ao longo prazo.

“Quando nós falamos sobre falta de madeira, sobre o Brasil pode ter um apagão de madeira, é preciso distinguir que as empresas celulose desenvolvem a sua própria base florestal. Então elas não entram na chamada no mercado spot (bolsa de mercadorias)”, afirma o secretário de Mato Grosso do Sul. 

Ele ainda cita o caso da indústria Suzano, no município sul-mato-grossense de Ribas do Rio Pardo e da indústria Arauco em Sonora, que já tem uma base florestal aqui de praticamente 100 mil hectares. “Ela vai começar agora a indústria e ao final de três, quatro anos ela terá toda a sua base florestal. Então, ela não compromete a demanda, a falta de madeira porque ela gera a sua própria a sua própria floresta”, aponta. 

No entanto, o problema segundo a pesquisa, é que as áreas de cultivos florestais tem avançado timidamente. No caso do pinus, essas áreas têm, inclusive, retrocedido nos últimos anos, segundo o levantamento. O fato de os plantios florestais para a produção de madeira sólida serem considerados investimentos de longo prazo, também dificulta.

“Investimentos de longo prazo necessários para a produção de madeira sólida carecem de previsibilidade, escalabilidade e mesmo de interesse setorial”, avalia Marco Lentini, especialista florestal do Imaflora e um dos autores do estudo.

MS deve liderar área plantada de eucalipto, no Brasil

Ao Correio do Estado, o secretário Jaime Verruck fez um diagnóstico do setor florestal no estado de Mato Grosso do Sul é afirma que as prejeções são de crescimento. Após um ano da realização do plano florestal, a expectativa é de que o estado chegue a liderança do plantio de eucalipto no Brasil. 

“Quando falamos em florestas plantadas, estamos falando em eucalipto, pinos e também na questão da seringueira. O eucalipto é o produto destinado pra celulose, um setor que cresce muito no estado e que tem a sinalização de dois a três anos, de ser o maior em taxa de área plantada do país. Impactando diretamente no crescimento do estado, no PIB e na geração de empregos”, enfatiza Verruck. 

Segundo Verruck, atualmente Mato Grosso do Sul possui 1,3 milhão de hectares plantados de eucalipto. Até o final do ano, a estimativa é de que feche em um milhão e meio de hectares plantados. O que coloca o Estado na posição de segundo maior em área plantada de eucalipto do país.

“Nós tivemos em termos de demanda e oferta um crescimento do preço do eucalipto. Então aqueles produtores que tem o calibre pra vender pro mercado, tiveram um ganho substancial em termos de margem e estão vendendo obviamente o seu eucalipto muito mais caro. Já o produtor que tem na faixa de 10 hectares, acaba vendendo para padaria, pro armazém e para outras estruturas. Então é um setor que está com excelente remuneração e com forte expansão no Estado de Mato Grosso do Sul”, finaliza o secretário, Jaime Verrruck.

Suelen Morales/CorreioDoEstado










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