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Área de cultivo de soja dobra em uma década em Mato Grosso do Sul

Área de cultivo de soja dobra em uma década

Publicada em 25/09/2023 às 10:14h

por Redação


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Área de cultivo de soja dobra em uma década em Mato Grosso do Sul
Trabalho da colheita da soja  (Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado)

A área de cultivo de soja em Mato Grosso do Sul aumentou 100% no período de 10 anos. Dados do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga-MS) apontam que, na safra 2013/2014, foram 2,1 milhões de hectares dedicados ao cultivo da oleaginosa. A estimativa para o ciclo 2023/2024 sugere 4,2 milhões de hectares.

No mesmo período, a produção mais que dobrou: há 10 anos, o volume de soja colhida foi de 6 milhões de toneladas. Já a projeção para o ciclo que tem início a partir deste mês é de 13,8 milhões de toneladas – alta de 130%.

O titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, explica que o aumento da área plantada se deu com a recuperação de pastagens degradadas. 

“Expandimos a produção do grão para áreas que eram até então ocupadas pela pecuária e que tinham algum grau de degradação. Isso mostra que a política agrícola do Estado tem atingido resultados adequados”, afirma.

O secretário ainda ressalta que a agropecuária é a principal responsável pelo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de MS.

“As pessoas questionam de onde tiramos esses 5,5% de crescimento do PIB de Mato Grosso do Sul. Vamos olhar a mudança de uso do solo do Estado, só isso já justifica. A hora que você acrescenta 1,5 milhão de hectares para a soja, aumenta a produtividade, dobra a produção de milho, acrescenta 1,3 milhão de hectares de eucalipto. Então, só isso, esse movimento do agro, é que efetivamente traz todo o desenvolvimento do PIB”, analisa Verruck.

Apesar do crescimento constante da produção, para o ciclo atual a estimativa é de uma safra menor que a passada. 

De acordo com a Associação de Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja-MS), a produção de 13,8 milhões de toneladas será 7,92% menor que no ciclo passado, o qual foi recorde, com 15 milhões de toneladas de soja colhidas. 

A produtividade também reduziu 13,52%, saindo de 62 sacas por hectare para 54 sacas por hectare.

“A redução na produtividade e na produção é justificada pela média histórica do Estado, que considera a frustração de safra causada pela severa estiagem que tivemos em 2021/2022”, considera o presidente da Aprosoja-MS, André Dobashi.

Segundo ele, a alta probabilidade da ocorrência do fenômeno El Niño indica um aumento no volume de chuvas.

“Caso isso ocorra entre os meses de janeiro e fevereiro, período de maior demanda hídrica da cultura, o produtor sul-mato-grossense pode esperar uma safra de grandes resultados”, pondera.

Sobre o custo de produção, a associação informa que, na safra atual, o custo por hectare teve redução de 10%, saindo de R$ 6.860,08 no ciclo anterior para R$ 6.170,61 neste ano.

Já o custo da saca por hectare (sc/ha) passou de 42,88 sc/ha para 51,42 sc/ha, incremento de 20% justificado pela queda do preço médio da saca, que saiu de R$ 180 para R$ 120.

PECUÁRIA

Apesar de não ter dados oficiais da quantidade de hectares que eram dedicados para pastagens e que foram transformados em lavouras, o número de animais produzidos no Estado ajuda a mostrar que realmente houve uma troca.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que, no período de 10 anos, houve redução de 12,41% no rebanho bovino.

Em 2012, MS era o quarto maior produtor de gado, com 21,498 milhões de cabeças. Já no ano passado o número de animais passou a ser 18,433 milhões, figurando na quinta posição no ranking nacional da pecuária.

“Quando se analisa a pecuária sob alguns índices, muitas pessoas entendem que o setor parece estar estagnado. A pecuária não tem nada de estagnada, ao contrário, talvez seja o setor que sofre maior pressão pela necessidade de inserção de tecnologia e discutir a questão de mercados”, disse Verruck durante evento sobre a pecuária.

O foco na diversificação da economia estadual também contribui para o crescimento de algumas produções e redução de outras. A área de florestas plantadas, por exemplo, já alcançou mais de 1,3 milhão de hectares, e a projeção, conforme adiantado pelo Correio do Estado, é ampliar o total para 2 milhões de hectares nos próximos anos.

Súzan Benites/CorreioDoEstado










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